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Jorge Aragão critica atual padrão musical brasileiro: “Não me agrada”

Cantor desabafou sobre as novas músicas brasileiras.

Foto: Reprodução/internet Foto: Reprodução/internet

Jorge Aragão, de 74 anos, criticou o atual padrão da música brasileira. Em entrevista para a Caras, o cantor contou que se sente deslocado com o tipo de trabalho que vem ganhando projeção nas rádios e no streaming.

"Quando ouço alguma coisa, não tem nada a ver com o samba. Hoje, por si só, ele não me alimenta dentro da harmonia que eu gosto de fazer, de ouvir o fio melódico. Acabei parando no tempo e não tenho vontade de ficar escutando o que está novo. A não ser as pessoas novas, porque tem muita gente nova tocando, cantando e fazendo samba bom", desabafou.

No entanto, o sambista garantiu que sempre busca se atualizar com o que há de novo no cenário musical. "Quando eu descubro alguém na internet, vou logo escutar direitinho o que a pessoa está fazendo. Porém, a maioria não me agrada. Tenho certeza que não é culpa do compositor, é um padrão que as rádios escolhem porque acham que aquele é o perfil do ouvinte. E ali eu não consigo me enquadrar. Para não ficar deslocado, prefiro conviver com a minha música dentro de casa. Qualquer coisa que eu vou ouvir tem que me chamar a atenção pelo fio melódico. Quando chama a atenção, eu escuto um bocadinho", continuou.

Com mais de 40 anos de carreira, Jorge Aragão também contou que está preferindo escutar trabalhos de fora, como funks americanos e música gospel, por conta da rica harmonia usada pelos compositores. "Por incrível que pareça, eu tenho escutado muitos funks americanos e gostado muito da música gospel que os mais jovens estão cantando agora. Eles estão buscando uma harmonia muito rica e, aquilo sim, traz para mim a vontade de de continuar fazendo o que eu faço, porque eu não tenho compromisso com a modernidade".

"Ouvindo nem tanto, mas quando eu vejo, fica na minha cabeça um padrão de pessoas cantando com sofrência. Sempre assim, fechando os olhos, parecendo que está doendo algo que não é a música, mas outra coisa. Eu não consigo me empolgar como antigamente, quando era só pela música, melodia, e ritmo. Eu tenho preferido escutar trabalhos fora daqui",finalizou o sambista.

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