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ENTRETENIMENTO

Me Liga!

Mais um dia de trabalho que terminou, cheguei em casa, e a primeira coisa que procurei fazer foi tomar um banho, pensando em talvez curti um filme, comer uma pioca e não sair mais. Aproveitar o barulho da chuva fina que cai lá fora, mas algo estava me incomodando, como se dissesse, porquê ainda quer ficar em casa essa noite?

Depois de ouvir a minha consciência falar comigo, decide me arrumar, vesti uma calça jeans, uma camisa azul, com um tênis na mesma cor e passei o meu melhor perfume, talvez na esperança de encontrar alguém, mesmo sabendo que isso poderia não acontecer. Depois de arrumar, sai de casa, olhei se estava tudo trancado e meio que sem saber onde iria parar segui o meu caminho até encontrar você.

Passou pela minha cabeça que poucas seriam as pessoas que estariam na rua nesta noite, mas me enganei, algumas estavam indo para uma espécie de happy hour após o trabalho, outras ainda voltavam para casa, e em uma equina antes mesmo de atravessar a rua, os meus olhos te encontraram pela primeira vez.

Por um instante fiquei parado do outro lado da rua, apenas te observando, e foi como um estalar de dedos, mesmo com a chuva fina caindo, foi como se acendesse uma chama dentro de mim. Notei que mesmo com a possibilidade de atravessar a rua, você não seguia o seu caminho, parecia que estava esperando algo acontecer ou alguém chegar até você.

Ao atravessar a rua e me aproximar, fui capaz de notar, que por alguma razão você estava a chorar. E sem pensar apenas pedi desculpas, e perguntei “Posso”? E com um apenas um sinal de positivo feito com a cabeça, peguei a minha mão e então coloquei em teu rosto, para enxugar as tuas lágrimas. Depois de fazer isso, você simplesmente agradeceu e perguntou “De onde você surgiu”?

Apenas respondi saí para dar uma volta, e me deparei admirando você, “é como se o destino, tivesse preparado esse momento para nos encontrarmos, nesse dia, nesta hora e neste local, mas o que eu não poderia fazer, era seguir o meu caminho sem falar com você”.

“Agradeço de coração, pois, foi a única pessoa a notar que eu não dava um passo sequer, e que mesmo debaixo de uma chuva fraca, eu estava a chorar. De coração muito obrigado”!

Ao que respondi que ela não precisava agradecer, e questionei como poderia seguir o meu caminho de tal maneira, ao encontrar-la daquela forma. Por fim perguntei “Quer tomar alguma coisa comigo?”, ao que ela mesmo que ainda com a voz um pouco embargada pelo choro disse “Sim…aceito”.

Saímos do lugar onde estávamos e fomos para um bar ali próximo, lá conversamos sobre diversos assuntos, onde contamos as nossas trágicas histórias de amor, com pessoas que não nos deram valor, e o quanto sofremos por quem não mereceu uma gota das lágrimas que derramamos por elas.

No meio da conversa notei que por um breve momento ela foi capaz de sorrir, e para não perder a oportunidade ressaltei a beleza do sorriso dela. Antes eu tivesse sido capaz de reparar apenas no sorriso, mas a maneira gentil dela olhar, de conversar olhando nos olhos, foi fazendo com que aquela chama que se acendeu no momento que a via aumentasse cada vez mais e mesmo sendo a primeira vez que nos encontramos, já estava ficando difícil resistir a tentação de simplesmente beijá-la.

Para a minha surpresa, em determinado momento ela se aproximou de mim, de uma forma que eu conseguia sentir a tua respiração ofegante, ouvir as batidas do seu coração, de uma forma completamente diferente da maneira que a encontrei, e quando dei por mim, seus lábios tocaram os meus, e aquela vontade de apenas beijá-la se tornou maior, é como se não quisesse apenas aquilo e não quisesse apenas aquele momento.

Apesar de querer repetir aquele momento por diversas vezes, após me beijar, ela disse que era hora de ir, me pediu para levá-la a sua residência. E assim o fiz, ao chegarmos ao local, ela simplesmente virou para mim e disse “Adorei lhe conhecer, espero que possamos nos encontrar outras vezes e quem sabe na próxima eu não o convide para entrar”!

Tais palavras mexeram comigo, fizeram novamente aquela chama se ascender de uma forma ainda mais forte, embora não quisesse sair dali, tive que apenas me contentar com um beijo e me despedir. Voltei para casa e me lembrei que nem sequer o telefone dela eu tinha pegado, no entanto, a surpresa veio a seguir, ao encontrar um papel no bolso da minha camisa, com um número de telefone e com as seguintes palavras “Me liga”!

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