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Nudez, transparência e marca LGBT ilustram Goiânia Fashion Week

Após a estreia fenomenal na noite do dia 18 (terça-feira), o Goiânia Fashion Week, se­diado no Império Boulevard, trouxe no segundo dia novas marcas que expressam o desejo de consumo do povo goiano e suas raízes con­temporâneas.

O primeiro desfile iniciou com Jacobina, que teve a gentileza de, momentos antes de lançar sua pri­meira manequim, entregar para os convidados um fôlder explicando as referências para criar a coleção (o que não aconteceu com outras marcas, infelizmente), sendo essas com um olhar sobre a diversidade, tanto em gênero quanto em cores. As tendências apresentadas foram casacos de plástico em tom fosco, macacão total denim, tweed, estam­pas surrealistas inspiradas (acredi­ta-se) em Salvador Dalli ou Pablo Picasso. A coleção surpreendeu a todos e também a releitura da es­tampa de xadrez burberry. Foi ex­tremamente estupendo, asseme­lhando às marcas apresentadas no São Paulo Fashion Week pela con­ceituação artística.

Logo após, Riachuelo – hoje, estilizada como RCHLO – trazen­do inspirações de Yves Saint Lau­rent, tendo o color block de preto e vermelho, listras em uma forma mais casual. O destaque da marca foi uma modelo de peitos de fora que, embora arrasadora, chocou desnecessariamente o público que murmurou pasmo sua en­trada, mesmo nudez ser tão co­mum atualmente.

Em seguida, Tribo Jeans mos­trou ideias dos anos 40, mais exa­tamente sobre Carmem Miranda e suas frutas na cabeça e bastante estampas florais. Helen Ganzarol­li, apresentadora do SBT e a rainha do estilo de vestimenta Kitsch da TV, iniciou sua presença a partir daí. Helen, muito simpática, mul­tiplicou seu tempo na pista para dedicar beijos, closes e charme, mesmo que o fluxo atrapalhas­se um pouco – mas quem liga pra isso quando uma pessoa carismá­tica consegue chamar mais a aten­ção na passarela?! Ninguém!

Helen, em entrevista ao DMRevista, destacou, após o evento, que não tem referência de moda, porém admira muito pes­soas do mundo da moda, como Gisele Bundchen, Thássia Naves e Lala Rudge, e que seu estilo é fluido – vai pelo estado de espíri­to e pelo estado do corpo, sendo sempre feminina. “Sou uma pes­soa que adora um vestido. Sem­pre estou de salto, só que agora estou numa fase de tênis. Odia­va! Posso dizer que detestava eles com roupa de sair, mas quando fui pros EUA comecei a usá-los todos os dias com meus vestidos mais arrumados.”

O estilo brasileiro também foi lembrado com o mix latino pela Morena Brasil, com várias blusas de mangas bufantes, assim como vestidos de barra volumosa, baba­dos e cores fortes em uma lavagem de cor embaçada.

Duda Roxy, em background com a música de Ga31 Conceito, ostenta o lugar de segundo me­lhor desfile da noite, em alusão à cultura LGBT com coisas que remetem à iconoclastia e à ico­nofilia. Chanel Oberlin (perso­nagem da série Scream Queens, da Fox, papel de Emma Roberts) foi reinterpretada por uma mo­delo, assim como Azealia Banks foi lembrada com o corte de ca­belo da modelo, beijo de Madon­na e Britney Spears no VMA, Lady Gaga e o Applause em um maca­cão em cores respingadas, e a es­tampa militar (que pode ser bem, iconicamente, algo que indica a piada de ditadura gay).

Se no dia anterior, 2014 foi a grande inspiração de algumas marcas, neste dia os anos 2000 fo­ram o guia de Eva Fashion em re­leituras de coleções de Dior (por John Galliano), Versace e Chanel do início do século, em tons pas­téis. E ela não apenas baseou em estilistas e marcas consagradas para suas vestimentas, a Garota Charmosa trouxe melhor do es­tilo de vida italiano que a Dolce & Gabbana traz por anos, focado em feminilidade e tons de creme bastante florais.

Justing brilhou com estampa de girassol em fundo preto, po­chete, blusões de baseball e snea­kers combinados junto de vesti­dos, todos monocromáticos em preto, destacando a nova ideia de mesclar bonés e viseiras em um look de streetstyle.

O fim da noite ficou com uma equipe de estilistas, que junta bus­cou ideias do sombrio, clássicos do horror e lendas urbanas de fil­me de terror ou Halloween, sen­do vampiros, noiva fantasma, Drá­cula em uma pegada satanic chic, em uma performance conceitual em dança, vestindo a máscara da morte do filme O Sétimo Selo, de Ingmar Bergman (1956).

Ontem aconteceu o último dia do Goiânia Fashion Week, que há 13 anos faz sucesso. Futuramente, além de duas edições, contará com semanas “irmãs” em outras cidades dentro do Estado de Goiás, como Jataí, divulgada pelas revistas Ati­tude e GFW, e em seu terceiro dia recepciona a ex-panicat Ana Paula Minerato e o Ex-BBB Breno Simões para desfilar para algumas marcas pela Agência Fox 7 Productions.

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