O Museu de Arte Contemporânea de Goiás (MAC) e o Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON) abrem ao público, a partir desta quinta-feira (20/9), a exposição “Selma Parreira–Memória e poética do espaço e dos objetos”. A individual reúne pinturas, fotografias, painéis, objetos e instalações. Fica em cartaz até 24 de outubro, com entrada franca.
A mostra é formada por duas exposições que se complementam: uma no salão principal e outra no mezanino do MAC/CCON. O salão principal recebe uma série de obras produzidas entre 2014 e 2018 – trabalhos que fazem referência, segundo a artista, a um lugar desocupado e em processo de apagamento: uma antiga arrozeira no Centro de Anápolis.
“O desafio desta pesquisa consiste em tornar visível, por meio das pinturas, objetos, instalações e fotografias, uma leitura de vivências e questionamentos sobre os rastros, fragmentos, detalhes da arquitetura, maquinários e documentos, hoje obsoletos, deixados no lugar”, explica Selma. “Foram anos de buscas e construções de sentidos, estudos e registros realizados em parceria com o artista e curador Antonio Bandeira.”
Já o mezanino abriga um conjunto de instalações batizado de “Uma pedra azul e um rio Vermelho”. Esta série é composta por cinco obras produzidas de 2001 a 2012 e que discutem questões relacionadas a gênero, objetos e trabalho de mulheres lavadeiras de roupas no Rio Vermelho, na cidade de Goiás.
AÇÃO EDUCATIVA
Um dos destaques da exposição é o trabalho educativo. O projeto é coordenado por Irene Tourinho e Selma Parreira, com a parceria do Núcleo de Ação Educativa do MAC/CCON. Batizado de “Que lugar é esse?”, inclui visitas guiadas, oficinas, palestras e mesa-redonda. O objetivo é estimular o contato com a obra e o processo criativo da artista. “Que lugar é esse?” tem patrocínio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.
Nomes importantes do cenário das artes plásticas no Brasil já estão confirmados nas atividades: Humberto Marra (chef), Wolney Fernandes (artista visual), Katia Canton (curadora), Marcio Harum (curador) e Bené Fonteles (artista plástico).
CRÉDITOS
A exposição “Selma Parreira– Memória e poética do espaço e dos objetos” integra o projeto Machina, um coletivo criado em 2014 por Antônio Ambrósio Bandeira e Selma Parreira. A mostra foi contemplada pelo edital de 2016 do Fundo de Arte e Cultura de Goiás, da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) e do Governo de Goiás. Tem apoio institucional do Museu de Arte Contemporânea de Goiás (MAC) e do Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON).
SOBRE A ARTISTA SELMA PARREIRA
Natural de Buriti Alegre (GO), reside e trabalha em Goiânia. Sua produção em artes plásticas desde os anos 1980 passa por pintura, fotografia, instalação, intervenção urbana e vídeo.
Participou de salões de arte desde o início de seu percurso e recebeu premiações regionais e nacionais. Realizou exposições individuais em várias capitais do país, entre elas, Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Goiânia.
Cursou licenciatura em Desenho e Plástica (UFG), especialização em Gravura (Guanajuato, México) e mestrado em Cultura Visual e Arte (FAV-UFG). De 1993 a 2016 foi professora da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás (FAV-UFG). Coordenou a Galeria de Arte da FAV de 2008 a 2013.
Realiza projetos de arte e educação, curadorias e oficinas de arte. Tem ampla participação em projetos e exposições coletivas no Brasil e no exterior.
SERVIÇO
Exposição “Selma Parreira - Memória e poética do espaço e dos objetos”
Abertura: 20 de setembro (quinta-feira), às 20 horas
Visitação: 21 de setembro a 24 de outubro (terça a sexta, das 9 às 17 horas; sábados, domingos e feriados, das 11 às 17 horas)
Local: Museu de Arte Contemporânea de Goiás/ Centro Cultural Oscar Niemeyer (Avenida Deputado Jamel Cecílio nº 4.490, Quadra Gleba, Lote 1, Setor Fazenda Gameleira – Goiânia – GO)
Agendamento de grupos: (62) 3201-4923 ou acaoeducativa. [email protected]
ENTRADA FRANCA