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Patrícia Coelho lança Lapin

Lapin em francês significa Coe­lho, mas para a cantora paulista­na Patrícia Coelho, a palavra sur­ge como um reencontro. Primeiro trabalho após uma pausa disco­gráfica de 15 anos, Lapin chega às plataformas digitais no final de setembro pelo selo Jóia Moderna, do DJ Zé Pedro.

Feito entre 2016 e 2017 de for­ma completamente independen­te, “=Lapin conta com oito músicas – sete autorais e uma regravação – que mostram uma trajetória de vida e um olhar mais maduro para den­tro de si de forma a se reapresentar para o público conquistado na épo­ca dos álbuns Simples Desejo (1999) e Um Pouco Maluca (2002); ao mes­mo tempo em que busca conquistar novos ouvintes da geração digital.

“Entre os anos de 2005 e 2006 iniciei uma incursão no mundo musical alternativo paulista. São Paulo virou uma cidade mais cos­mopolita, com bandas e cantores de todo o país buscando novas opor­tunidades por aqui. Foi nesta épo­ca quando encontrei na região da Baixa Augusta, uma nova cena in­dependente que me trouxe uma nova visão e toda uma bagagem”, conta Patrícia que, durante esse pe­ríodo tocou em casas como o Vegas, do empresário Facundo Guerra, na Funhouse e CB Bar, na Barra Funda.

Nesse mergulho, Patricia Coe­lho se aproximou de grandes no­mes que da cena pop independen­te brasileira que a acompanharam no processo de produção de Lapin, como o apaixonante poeta, cantor e músico Juliano Gauche; o mas­ter produtor de coisas importan­tes como o novo disco de Marina Lima, Dustan Gallas; além de Dudi­nha Lima, baixista que acompanha a turnê de Criolo; Gui Held e Junior Boca guitarristas estrelados e Fabio Pinczowski; dono do hypado estú­dio Doze Dólares, onde a faixa Co­ragem foi gravada.

Aliás, a música foi a escolhida pela cantora para abrir o álbum e a nova fase mais madura, que chega para apresentar, de forma poética, toda a trajetória que a artista pas­sou desde seu último lançamento até chegar onde está hoje, tanto que ganhou um vídeo clipe dirigido por Zé Pedro que se mostrou surpreen­dido pelo trabalho como um todo.

“Conheci Patricia Coelho como tantos no Brasil, por meio de notí­cias esparsas que repercutiram na época, mas ao receber esse disco, encontrei uma compositora inspi­rada e uma cantora que a maturida­de só fez lapidar. Depois do contato imediato, apaixonado e supreen­dente que tive com o disco, era hora de pensar na imagem que retratas­se esse turning point, a chave mestra que levaria Patricia Coelho direta­mente à uma nova era musical. Pro­pus então dirigir seu clipe num pla­no sequência de close frontal onde ela encarasse seu interlocutor e dis­sesse os versos ‘Coragem/ Quem dera eu ter coragem’ da maneira mais sincera e emocionante pos­sível. E assim foi. Sentada no chão de sua casa, cara limpa, ela levou toda equipe às lagrimas. Eu estava certo. Era o caminho a seguir. Uma mulher livre da super exposição da mídia e de alguns caminhos musi­cais impostos, agora levava ao pú­blico uma verdade musical abso­luta”, conta Zé Pedro.

Essa verdade pode ser encon­trada no som mais cru que Lapin traz, que traz os instrumentos e a voz de Patrícia de forma mais or­gânica sem pente fino e nem su­perproduções, como pode ser visto, por exemplo, na música Primeira de Muitas que traz um canto contido e baixo com um tom mais agudo que mostra referências no rock alterna­tivo americano; enquanto em Mil Anos ou mais, Patrícia traz ecos de rock eletrônico inglês, assim como em Spinning Galaxies, música que Patricia canta em inglês e que fe­cha o álbum.

Trazendo uma unidade musi­cal introspectiva, é possível sentir a trajetória da cantora em canções como Solando, em que se questio­na seu lugar no cenário paulistano; suas fragilidades em Toda Errada e as surpresas do amor, em Acaso. Sua história encontra-se, inclusive, na versão que gravou para a músi­ca Saturno, de João Lavraz, que traz um elo com a música folk e vem como uma homenagem póstuma ao artista e à sua avó que foi prima de Inezita Barroso.

Agora, fechada essa incursão a si mesma e com um trabalho ma­duro e concreto Patrícia Coelho vem com um desafio com Lapin que ela não tinha há 15 anos atrás, o mercado digital. “Enquanto ex­perimentava o mercado alterna­tivo, independente, vi o mercado musical mudar completamente com o avanço na internet e, ago­ra, é a primeira vez oficialmente que vou lançar uma obra no di­gital e estou achando tudo novo e interessante. Lapin vem de forma completamente independente e é interessante poder lançar sem depender de uma grande estru­tura”, finaliza.

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