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Como ficam as bibliotecas com o avanço da tecnologia?

O universo da leitura, dos li­vros e das bibliotecas vem pas­sando por transformações há algumas décadas. Em dez anos, a consulta aos livros nas biblio­tecas de São Paulo, por exem­plo, caiu 70% – de 2,3 milhões em 2007 para 733 mil em 2016, conforme dados obtidos em re­latórios do Sistema Municipal de Bibliotecas.

Mesmo com o cenário de queda, especialistas e estudio­sos indicam que a biblioteca persistirá. “Não podemos ver a tecnologia como se fosse um instrumento com o objetivo de aniquilar as bibliotecas. Gutem­berg e tecnologia estão muito mais próximos do que podería­mos pensar”, defende Luiz Ale­xandre Solano Rossi, professor de Teologia no Centro Universi­tário Internacional Uninter.

O professor defende que have­rá uma convivência pacífica dos livros impressos com os digitais. “Há espaço para ambos na comu­nidade de leitores”, alega. A revista americana The Atlantic, por exem­plo, sugere que recursos tecnoló­gicos podem ajudar os bibliotecá­rios a atrair mais frequentadores. No Brasil, o Ministério da Cultu­ra (MinC) está selecionando 20 bibliotecas públicas para receber uma ajuda de custo de R$ 100 mil reais com o objetivo de dispor re­cursos digitais para os leitores.

O termo biblioteca vem do gre­go e significa “depósito de livros”, mas Solano advoga uma defini­ção mais ampla. “Bibliotecas são como templos que abrigam a me­mória criativa da humanidade”, diz. Ele acredita que manuscri­tos mais antigos e, portanto, ra­ros, continuarão a ter seu espaço garantido nas estantes.

PAPEL FACILITA O APRENDIZADO

Com o advento dos livros digi­tais, diversos estudos mostram que o esforço para ler na tela dificulta o aprendizado, conforme artigo pu­blicado pela San Jose State Univer­sity, em 2014. O jornal Washington Post também publicou, em 2015, que os livros impressos são prefe­ridos pelos leitores, mesmo entre os nativos digitais.

Solano explica que a efetivida­de da mídia impressa no aprendi­zado tem relação com a cognição. “A experiência do livro impresso afeta todos os sentidos dos leito­res e faz com que a relação entre eles se torne simbiótica, isto é, uma parte do livro fica impreg­nada no leitor e o livro leva con­sigo algo do leitor”, diz.

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