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Saúde do tornozelo

Dor repentina no tornozelo, perda da sensibilidade e mar­cha anormal. Estes sintomas podem sugerir que você de­senvolveu a chamada síndro­me do túnel do tarso. Trata-se de uma neuropatia que afeta o tornozelo quando a pressão dentro do chamado túnel do tarso aumenta, ocasionando a compressão dos nervos que passam pelo local.

Segundo a fisioterapeuta Walkiria Brunetti, o túnel do tarso é uma estrutura localiza­da entre o tornozelo e o pé, por onde passam veias, artérias, tendões e nervos. “Situações como entorses, fraturas, luxa­ções, cistos sinoviais, tumores e varizes podem aumentar a pressão, levando à compressão dos nervos que passam pelo local. A compressão nervosa é responsável pelos sintomas”.

Algumas doenças, como o diabetes, por exemplo, tam­bém podem levar ao desenvol­vimento desta patologia. Exer­cícios repetitivos e ficar muito tempo de pé também são fato­res de risco, assim como infla­mação nos tendões das regiões do calcanhar e pés, formato do pé plano, calcanhar valgo e pes­soas que caminham demais, como em viagens, por exemplo.

SINTOMAS

“A pessoa pode sentir dor, sensação de queimação ou dor­mência na planta do pé. Também pode apresentar inchaço no tor­nozelo e dificuldade para cami­nhar, o que chamamos de altera­ção ou anormalidade na marcha. Ou seja, para compensar a dor, a pessoa pode mancar, literalmen­te”, explica Walkiria.

O médico irá avaliar o históri­co do paciente, fazer uma avalia­ção clínica e completar a investi­gação com alguns exames, como a Eletroneuromiografia e Resso­nância Magnética. O tratamento pode variar, de acordo com a gra­vidade do quadro clínico.

TRATAMENTO

Inicialmente, o tratamento médico é conservador, ou seja, serão usados recursos para evi­tar uma cirurgia para descom­pressão do nervo. O principal ob­jetivo do tratamento é aliviar ou reduzir a dor e isso pode ser fei­to com infiltrações, que são inje­ções com medicamentos anti-in­flamatórios no local. Isso é feito pelo médico.

“Além da terapia medicamen­tosa, a fisioterapia também pode ser usada para melhorar a dor. Na fase aguda, são usados recursos para aliviar o quadro doloroso e reduzir a inflamaçao, como gelo e Tens (neuroestimulação elétri­ca transcutânea). Depois, entra­mos com exercícios para aumen­tar o espaço do túnel, trabalhando alongamentos e flexibilidade”, ex­plica Walkiria.

“Já no final do tratamento, se a pessoa tem o pé plano ou o cal­canhar valgo, pode ser adotado o uso de palmilhas feitas sob en­comenda para ajudar a manter o arco plantar e limitar o movi­mento excessivo que pode cau­sar a compressão do nervo”, con­ta a fisioterapeuta.

Prevenção

Infelizmente, os tornozelos são mais suscetíveis a torções e trau­mas no dia a dia do que outras partes do corpo. Por isso, é preci­so adotar alguns cuidados impor­tantes como: optar por sapatos confortáveis próprios para cada tipo de terreno (ruas, praias, cal­çadas, etc.); ao longo do dia, fazer alongamentos na região dos pés e tornozelos; cuidar do seu peso, pois a obesidade pode aumentar a chance de apresentar dores ou lesões no calcanhar; evitar exercí­cios de alto impacto ou repetitivos que forçam muito os tornozelos; estudar a possibilidade de usar palmilhas feitas sob medida, es­pecialmente se você tem pé cha­to ou pé cavo, ou ainda calcanhar valgo; se for viajar e tiver que fazer longas caminhadas, escolha sapa­tos confortáveis, fazendo alonga­mentos antes e depois.

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