Você já tentou entender o sentido das coisas? Você já teve que inventar alguma teoria? Você já teve longas “DRs” com colegas de trabalho? Você já teve um chefe? Você já participou de dinâmicas de grupo? Você já perdeu o controle?
Uma espécie de stand up dance comedy, um sitcom coreográfico, uma sessão de terapia coletiva que faz jogos de espelho entre ficção e realidade, riso e desespero, artista e público. Numa companhia de dança ficcional (e hiper-real), a cena se constrói entre diversos movimentos corporais, desabafos de facebook, teorias cabeludas, citações de obras de autores variados. Tombé coreografa movimentos, discursos e absurdos da arte e da vida. E ri de si.
REPERCUSSÃO
Em atividade há 15 anos, a peça de dança baiana Tombé é uma stand up dance comedy interessada em refletir sobre as relações humanas por meio da arte: hierarquias, produções de discurso, relações de poder, tensões sociais. Numa companhia de dança ficcional estão: o diretor, o dançarino, a bailarina, o ator e o técnico enquanto figuras icônicas de muitos ambientes de trabalho (não só nas artes!) que convivem a partir de embates e disputas de território.
Ao longos de seu trajeto, Tombé vem se renovando constantemente e se contaminando de conteúdos gerados nas redes sociais, dos novos “vocabulários politizados”, dos movimentos corporais que emergem das pessoas em geral e dos profissionais da dança em específico. Tombé marcou o início de uma pesquisa continuada do diretor Jorge Alencar sobre a relação entre dança e comicidade – em nível artístico e acadêmico –, um investimento atípico, considerando-se que a imensa maioria dos estudos sobre humor está ligada ao teatro e à filosofia e quase nunca à dança.
GRUPO DIMENTI
Fundado em 1998, em Salvador (BA), o Dimenti vem desenvolvendo uma pesquisa de linguagem que realiza articulações pluriartísticas com profissionais de formações variadas: dança, teatro, letras, comunicação, administração, psicologia. Enquanto grupo artístico e produtora cultural, o Dimenti tem se desdobrado em ações ligadas à criação e à gestão de projetos culturais e pedagógicos – mostras e festivais, circuitos de repertório, residências artísticas, debates, intercâmbios, publicações, audiovisuais (CDs, DVDs, videoclipes, documentários e curtas-metragens).
Nas obras do repertório são estabelecidas conexões com mídias e princípios diversos, a exemplo de traduções coreográficas e dramatúrgicas de obras literárias, e de uma percepção humorística que relaciona questões variadas, como representações culturais e consumo. Dentre os seus trabalhos estão: o curta-metragem filmado no Recôncavo Baiano Sensações Contrárias; a coreopeça infantil Chuá; a performance-palestra Tombé; a instalação Um Dente Chamado Bico – feita em colaboração com Sheila Ribeiro/dona orpheline – e o encontro de artes Interação e Conectividade.
Com as suas criações cênicas e audiovisuais, o Dimenti tem participado de festivais e projetos no Brasil e no exterior, como Rumos Itaú Cultural Dança (São Paulo), Panorama de Dança (Rio de Janeiro), Festival do Teatro Brasileiro (Pernambuco, Ceará, Maranhão), Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga (Ceará), Festival Internacional de Artes Cênicas (Bahia), Porto Alegre em Cena (RS), Mostra “Brazil Knows What Videoart Is” – Centro Cultural Le Cube (França), Move Berlim (Alemanha).
TOMBÉ – GRUPO DIMENTI
Data: 25 de abril
Hora: 20h
Local: Teatro do Centro Cultural UFG (Avenida Universitária nº 1533, Praça Universitária - Setor Universitário - Goiânia/GO)
Ingresso: R$ 10 (inteira) R$ 5 (meia)
Classificação: Livre
Duração: 40 min