O cinema é uma expressão artística que aproxima a realidade do espectador com o tema apresentado. A música, a poesia e as artes visuais também caminham nessa estrada, mas o audiovisual, quando retrata uma realidade, consegue transferir o público para dentro, de uma forma muito mais imersiva. Os chamados videodocumentários podem ser definidos como um recorte de um mundo que, apesar da visão do cineasta, consegue compartilhar emoções. Em Goiânia, os festivais de cinema têm um foco bem específico. Enquanto o Fica, realizado na cidade de Goiás pelo governo estadual, trata o meio ambiente, o Mostra Curtas, realizado em Goiânia, foca as produções com duração mínima. Já o Fronteira, que começa nesta quinta-feira (12/4) tem como foco principal o experimento e o documentário.
O Fronteira IV – Festival Internacional de Filme Documentário e Experimental conta com 98 filmes na programação, com produções realizadas em 26 países.As atividades estão distribuídas entre os dias 12 e 21 de abril deste ano, no Cinema Lumière do Banana Shopping, no Centro de Goiânia. Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 8 inteira, R$ 4 meia e R$ 70 o passaporte para todas as sessões. A sessão de abertura, no dia 12 de abril, tem início às 20h. O evento conta com a exibição de 165708, curta de Josephine Massarella (Canadá, 2017), e Djamilia, Aminatou Echard (França, 2018), com a presença da realizadora francesa.
165708 – Filmado inteiramente em 16mm preto e branco e usando um único fotograma, 165708 emprega técnicas de câmera e manipulação química de filme processado para produzir um estudo eidético da elasticidade temporal. As técnicas usadas por Josephine Massarella incluem cintilação, time-lapse, light painting, stop motion, tingimento e tonificação. Combinados com ciclos alternados de exposição dos fotogramas, esses métodos impelem o trabalho com um magnetismo rítmico, aparente no tempo e na estética das imagens. Uma partitura original e dinâmica composta por Graham Stewart acompanha o filme, recém-premiado como melhor curta-metragem no Ann Arbor Film Festival, o mais antigo e importante festival de cinema independente e de vanguarda dos Estados Unidos.
Djamilia – Gravado no Quirguistão, o filme é uma busca por Jamila, famosa heroína do clássico romance de Chingiz Aitmatov sobre uma jovem mulher que se rebela contra as tradições de sua sociedade. A partir dessa história, Aminatou Echard encontra mulheres que, ao falarem sobre Jamila, revelam segredos e desejos de suas vidas privadas, regras em que se encaixam e suas ideias de liberdade. Atualmente em competição no Cinéma du Réel, o filme recentemente esteve na seleção da prestigiada Seção Fórum no Festival de Berlim.
PROGRAMAÇÃO DESTA SEMANA:
12/04 – QUINTA-FEIRA
LOCAL: Lumière Banana
20h – SESSÃO DE ABERTURA (LIVRE)
165708, Josephine Massarella (Canadá, 2017, 7 min)
Djamilia, Aminatou Echard (França, 2018, 84 min)
*Sessão comentada pela cineasta Aminatou Echard (França)
13/04 – SEXTA-FEIRA
LOCAL: Lumière Banana
14h20 – MOSTRA ESPECIAL: VISÕES DA DESTRUIÇÃO
PROGRAMA 1 - EMINÊNCIAS DA MORTE (LIVRE)
Tão Longe Tão Perto (Si loin si proche), Jean Claude Rousseau (França / Japão, 2016,
26 min)
Festejo Muito Pessoal, Carlos Adriano (Brasil, 2016, 8 min)
25 Cines/seg, Luis Macias (Espanha, 2017, 29 min)
16h – EXIBIÇÃO ESPECIAL (14 ANOS)
Hengyoro – Caminhos Estranhos (Hengyoro), Takamine Go (Japão, 2017, 81 min)
18h – ATUALIDADE ROSSELLINI (12
ANOS)
Stromboli, Roberto Rossellini (Itália, 1950, 107 min)
*Sessão comentada pelo curador Adriano Aprà (Itália)
21h20 – COMPETITIVA INTERNACIONAL DE LONGAS-METRAGENS (12 ANOS)
Terra Solitária (Tierra Sola), Tiziana Panizza (Chile, 2017, 107 min)
14/04 – SÁBADO
LOCAL: Lumière Banana
09h às 12h – MASTERCLASS COM ADRIANO APRÀ (ITÁLIA)
14h20 – MOSTRA ESPECIAL: VISÕES DA DESTRUIÇÃO
PROGRAMA 2 - JANELAS PARA O HORIZONTE (18 ANOS)
A Vila (La Villa), Jean-Claude Rousseau (France, 2017, 11 min)
Fosfeno, David Gómez Alzate (Alemanha, 2018, 11 min)
Entre Relacionar e Usar (Between Relating And Use), Nazli Dinçel (Argentina / EUA,
2018, 9 min)
Aliens, Luis López Carrasco (Espanha, 2017, 23 min)
Coração da Montanha (Heart Of A Mountain), Parastoo Anoushahpour, Faraz
Anoushahpour e Ryan Ferko (Taiwan / Canadá, 2017, 15 min)
Ladridos, Yuji Kodato e Gabriela Ruvalcaba (Cuba / Brasil / México, 2017, 9 min)
Cavalgue Como um Raio, Exploda Como um Trovão (Ride Like Lightning, Crash Like
Thunder), Fern Silva (EUA, 2017, 8 min)
Conforto das Estações (Comfort Stations), Anja Dornieden e Juan David González
Monroy (Alemanha, 2018, 26 min)
16h40 – ATUALIDADE ROSSELLINI (16 ANOS)
Roma Cidade Aberta, Roberto Rossellini (Itália, 1945, 100 min)
*Sessão apresentada pelo curador Adriano Aprà (Itália)
18h50 – COMPETITIVA INTERNACIONAL DE LONGAS-METRAGENS (14
ANOS)
Tremor – É Sempre Guerra (Tremor – Es is immer Krieg), Annik Leroy (Bélgica, 2017,
92 min)
21h – CINEASTAS NA FRONTEIRA: STEPHEN BROOMER (LIVRE)
Potamkin, Stephen Broomer (Canadá, 2017, 67 min)
*Sessão comentada pelo cineasta Stephen Broomer (Canadá)
15/04 – DOMINGO
LOCAL: Lumière Banana
09h às 12h – MASTERCLASS COM ADRIANO APRÀ (ITÁLIA)
14h20 – EXIBIÇÃO ESPECIAL (LIVRE)
Diários de Classe, Maria Carolina e Igor Sousa (Brasil, 2017, 72 min)
16h – MOSTRA ESPECIAL: ÀS PRIMAVERAS QUE VIRÃO (14 ANOS)
Informes da Nova Esquerda (New Left Note), Saul Levine (EUA, 1968 – 1982, 28 min)
Secundas, Cacá Nazário (Brasil, 2017, 20 min)
Lamentos da Destruição (Cry Havoc), Guli Silberstein (Reino Unido, 2017, 6 min)
Blues do Deslocamento (Dislocation Blues), Sky Hopinka (EUA, 2017, 16 min)
Um pouco da brasa que voa (Un Peau de Feu Que Volé), Sylvain George, (França,
2017, 11 min)
Ainda maio (Joli Mai), Sylvain George, (França, 2017, 13 min)
O Transeunte Integral (Le Passánt Integral), Léo Richard (França, 2017, 12 min)
*Debate com Marcello Soldan, Mateus Ferreira e Tatiana Leal
19h20 – COMPETITIVA INTERNACIONAL DE LONGAS-METRAGENS (12
ANOS)
Eles Ainda Queimam (Essi Bruciano Ancora), Felice D’Agostino e Arturo Lavorato
(Itália / França, 2017, 93 min)
21h20 – ATUALIDADE ROSSELLINI (14 ANOS)
Paisà, Roberto Rossellini (Itália, 1946, 126 min)
*Sessão apresentada pelo curador Adriano Aprà (Itália)