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ENTRETENIMENTO

Cancioneiro do século XXI

A sociedade goiana das últi­mas décadas pode ser re­conhecida nas letras de canções sertanejas. As narrati­vas desses cancioneiros miram na relação amorosa, porém os fa­tos que influenciam essas histó­rias a acontecer estão conectados sempre com o passado histórico do cidadão goiano. Uma socie­dade precisa de um narrador, al­guém que consiga fazer do fato histórico uma representação dos sentimentos, criando um laço de identificação entre passado e presente. Em Goiás, atualmen­te, alguns artistas cumprem essa função mesmo sem uma ideia anterior ou um plano. Viver em Goiás, transitar pelas estradas, conversar com as pessoas que moram na região há muitos anos, todos esses detalhes acabam ser­vindo de motor para o processo criativo. Consequentemente, o artista captura um pouco da rea­lidade, quando analisa sua rotina e dos que o cercam.

O cantor e compositor Diego de Moraes realiza shows e apresen­tações há mais de 10 anos, alian­do música e poesia, sendo talvez um dos cantores que conseguem demonstrar o que é ser brasileiro, goiano, morador de Senador Ca­nedo nos anos 2000. Cuiabano de Goiás, cantautor e várias outras al­cunhas servem para definir (ou in­definir) quem é Diego. Sem mui­to esforço, na verdade, com muita sutileza, ele consegue provocar a curiosidade histórica no público, talvez pela experiência como pro­fessor e historiador.

Neste sábado (13/01) o cantor e compositor se apresenta no Mer­cado Popular da 74, na região cen­tral de Goiânia, dentro do projeto “Sons do Mercado”. O repertório dessa apresentação passeia por algumas canções autorais de Die­go e interpretações musicais pró­prias de artistas da música brasi­leira, como Raul Seixas, Belchior, Odair José, Os Mutantes, Titãs, Cazuza e outros. Ao lado de Die­go de Moraes, também se apre­sentam na banda formada por Fernando Cipó (guitarra), Brun­no Prudente (baixo) e George Au­gusto (bateria). Os músicos se apresentam com Diego na maio­ria dos seus shows, alguns fazem parte da banda Pó de Ser, onde Diego é um dos vocalistas.

O MASCATE

Diego de Moraes é um dos músicos goianos que traçaram os primeiros passos nos Teatros Pyguá e Yguá, no Centro Cultural Martim Cererê, próximo à vira­da do século XXI. De lá até aqui, lançou os discos “Parte de Nós”, junto com a banda Sindicato; o disco “A.C.”, assinado como Die­go Mascate; “A Dança da Canção Incerta”, com a banda Pó de Ser. Além do projeto solo e da banda, Diego também faz parte da du­pla sertaneja Waldi & Redson, ao lado do músico Chelo, do coletivo mineiro Porcas Borboletas.

A carreira de Diego tem di­versos pontos altos, situações que colocariam vários artis­tas da atualidade com certo re­calque. Já dividiu o palco com Jards Macalé, no Festival Ba­nanada, abriu a apresentação de Rita Lee, no Festival Inter­nacional de Cinema Ambien­tal (Fica) em 2011, participou do Grito Rock, Vaca Amarela, Goiânia Noise e outros festi­vais. Foi considerado pelo jor­nal inglês Guardian UK como um notável representante da “nova MPB”. Diego também re­aliza trabalho no teatro ao lado do Grupo Bastet. A peça Vamos a La Praia tem trilha sonora de Sérgio Pato e Fernando Cipó, e Diego interpreta um clown e mistura representação e show musical ao vivo.

10 ANOS

No ano passado completa­ram-se 10 anos desde o lan­çamento do seu EP de estreia, “Reticências”. O disco conta com cinco músicas compos­tas por Diego e representa o marco inicial da sua carreira musical. Toda a diversidade estética do trabalho de Die­go está contida nesse primei­ro disco e cada vez mais ex­plícita quando se passa de um trabalho para outro, como o próprio autor diz na letra da canção Amigo: “Eu sempre tento ser um pouco diferente.”

DIEGO MASCATE NO “PROJETO SONS DE MERCADO”

Dia 13 de janeiro de 2018

Horário: das 20h às 22h

Local: Mercado da 74 - Centro

Entrada franca

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