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Em decisão inédita na disputa pela Prefeitura de Goiânia em 2020, Justiça Eleitoral censura pesquisa Grupom a pedido do MDB

Em decisão inédita na disputa pela Prefeitura de Goiânia em 2020, a Justiça Eleitoral decidiu, neste domingo, 22/11, pela censura à pesquisa realizada pelo Instituto Grupom e que seria divulgada na segunda-feira, 23/11. Caso parecido ocorreu em São Paulo, quando o Instituto Datafolha foi proibido de apresentar os dados do levantamento para prefeitura da cidade.

O processo foi aberto pela Coligação Pra Goiânia Seguir em Frente, de Maguito Vilela (MDB), que alegou ter identificado “sérios vícios que maculam tanto a lisura do registro quanto a confiabilidade do resultado final que será divulgado” e que a divulgação do resultado possui “amplo poder de influência sobre o eleitorado e tem como objeto a entrevista de elevado número de eleitores”.

Assim, o Juiz Reinaldo Alves Ferreira, da 134ª Zona Eleitoral de Goiânia, entendeu que a forma como seria realizado o levantamento poderia prejudicar o resultado. “Observa-se das informações do registro que a pesquisa será implementada em pontos pré-determinados, no âmbito dos bairros indicados”, pontou o magistrado.

Segundo ele, a indicação dos locais, que limitariam o espaço de movimentação dos entrevistados, “tem o potencial de produzir o grande comparecimento, por força do conhecimento prévio do local, de entrevistados com intenção de manifestar interesse em específico candidato, o que, sem sombra de dúvida, poderá distorcer os resultados da pesquisa”.

O magistrado conclui a decisão dizendo que, diante da presença da relevância do direito afirmado e o perigo de dano ao processo eleitoral, concedeu a liminar. “Na confluência do exposto, defiro, inaudita altera parte, a liminar requerida na inicial, para o fim de determinar aos Representados que se abstenham, até ulterior decisão, de divulgar os resultados da pesquisa eleitoral registrada sob o nº nº 01023/2020. A assessoria jurídica da coligação Goiânia em um novo Momento vai recorrer da decisão.

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