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Clima afeta produção de cana-de-açúcar e operação das usinas na região Centro-Sul

Os dados estão disponíveis no Radar Agro Mensal, relatório divulgado pela consultoria Agro do Itaú BBA

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Neste período final de safra 2023/24 de cana-de-açúcar na região Centro-Sul, novas usinas entraram em operação elevando o total para 17 unidades em atividade, em comparação com as 15 do ano anterior. Estima-se que mais 28 unidades iniciem a colheita até o final de março, ressaltando a importância das condições climáticas para o início das operações, conforme apontado pelo último relatório da UNICA.

Na segunda quinzena de fevereiro, a moagem atingiu 647 milhões de toneladas, representando um aumento de 19% em relação ao mesmo período da safra anterior. A produção de açúcar acompanhou essa tendência, totalizando 42,1 milhões de toneladas e registrando um incremento de 25,6%.

O início das operações em algumas unidades em março foi viabilizado pelos menores volumes de precipitações, permitindo a colheita já no início do mês. O retorno da colheita, com possível utilização de cana bisada, apresenta incertezas quanto aos impactos do clima. Destaca-se no último relatório de safra da UNICA o alto índice de ATR na segunda quinzena de fevereiro, 31,9% superior ao mesmo período de 2023, possivelmente influenciado pelo estresse hídrico e temperaturas elevadas.

Para a safra 2024/25, o Itaú BBA prevê uma redução na produtividade da cana-de-açúcar devido às condições climáticas mais secas e quentes entre o final de 2023 e o início de 2024. Além disso, a safra indiana apresenta perspectivas de um maior volume de produção de açúcar, o que pode exercer pressão sobre os preços globais.

Os dados estão disponíveis no Radar Agro Mensal que revisa a expectativa do banco para a safra 2024/25, estimando uma moagem de 590 milhões de toneladas. Embora haja um aumento de 1 milhão de toneladas na capacidade de produção de açúcar, o menor volume de cana disponível pode afetar o ritmo da colheita, especialmente diante de um cenário de clima mais seco e com a possível incidência de La Niña no segundo semestre. Vale ressaltar que a diferença nos preços entre açúcar e etanol pode estimular um aumento na produção do adoçante.

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