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De 2012 a 2018, Goiás perdeu competitividade, aponta ranking

Na última década, Goiás desabou em competitividade, indicam os parâmetros de economicidade e ranking de entidades avaliadoras.

Apesar do estado ter aumentado sua pontuação de 2014 até 2017, no ano seguinte Goiás caiu da 10° para a 13° posição.

O ranking mais atual é particularmente constrangedor para Goiás. já que o Estado é o último da região Centro-Oeste.

Enquanto o Distrito Federal aparece em 3°, Mato Grosso do Sul se classifica em 5° e Mato Grosso em 9° lugar na última avaliação do Centro de Liderança Pública (CLP).

A entidade é responsável pelo Ranking de Competitividade dos Estados. Nele, Goiás se posicionou na 13ª posição no quadro geral e em 23º lugar devido sua solidez fiscal.

Até agora a gestão de Ronaldo Caiado (DEM) está isenta destes resultados já que os estudos se concentram até 2018, ano que marca o fim da era tucana no Estado.

Com isso, os goianos perdem oportunidades para gerar desenvolvimento, emprego e oportunidade aos goianos.

A culpa, em parte, é das gestões do Governo de Goiás baseadas exclusivamente em benefícios fiscais ( ação acentuada durante as gestões tucanas) e ausência de mecanismos para conter a burocracia e cuidar melhor de sua previdência.

Durante 20 anos, o Estado acumulou empréstimos. E não pagava suas dívidas. Uma hora a conta estourou.

“Nas últimas duas décadas, o Estado não atendeu ao princípio da eficiência, que norteia a Constituição Federal”, diz o economista Vitor Rezende, professor de finanças públicas. Ao contrário, Goiás permitiu a instalação de um ambiente sistêmico de corrupção e afastou a competitividade ao beneficiar apenas alguns grupos econômicos.

Os dados do estudo referem-se a 2018 - último ano da gestão anterior, justamente a que testemunhou, inclusive, a venda da Celg e várias operações da Polícia Federal na Saneago.

Os dados fiscais de 2018 comprometeram o Estado a ponto de Goiás não poder contrair dívidas. O Tesouro Nacional, secretaria do Ministério da Economia, colocou o Estado na ficha suja dos pagadores, já que as últimas gestões do Estado permitiram o aumento da dívida pública. E mais: não apresentaram planos de pagamento para arrolar a dívida.

O CLP produz sua análise a partir dos gastos com pessoal (gasto bruto com pessoal como proporção da receita corrente líquida), índice de liquidez (razão entre obrigação financeira e disponibilidade bruta de caixa) e poupança corrente (saldo entre receitas e despesas correntes dividido pelas receitas correntes).

O comprometimento da previdência do Estado – um dos itens que acaba incidindo no quesito “solidez fiscal” – foi enfrentado em 2019 pelo governador Ronaldo Caiado.

As gestões anteriores ignoraram o problema e deixaram o rombo da previdência crescer assustadoramente, fato que prejudica a economia global do Estado.

2018 PARA TRÁS

A própria entidade que realiza a pesquisa, por meio de sua gerência, deixou claro que a situação atual é fruto de um quadro negativo que se intensificou nos anos anteriores a 2019.

O Estado estava à deriva, abandonado diante tantas denúncias de corrupção que se esqueceu de fazer o básico com suas contas e planejamento.

A bomba estourou em 2019, quando o governador Ronaldo Caiado assumiu, com a maior dívida pública da história e uma terra arrasada que incluía falta de dinheiro no caixa para pagar até mesmo salário dos servidores.

A questão da falta de competitividade de Goiás não passa, claro, apenas pelos gastos com pessoal. Inovação, Eficiência da máquina pública, Segurança Pública, Educação, Capital Humano, Infraestrutura, Potencial de Mercado, Sustentabilidade Social e até mesmo Sustentabilidade Ambiental dependem de recursos públicos, investimentos e planejamento.

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