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Pesquisa aponta variação de 3.200% nos preços de medicamentos em Goiânia

Uma pesquisa divulgada hoje (27/7), pelo Programa de Proteção e Defesa do Consumidor de Goiás (Procon-GO), aponta variação de até 3.200% nos preços de medicamentos genéricos nas drogarias de Goiânia. Segundo essa pesquisa o consumidor poderá sentir no bolso o aumento de 16,30%, porém o aumento autorizado pelo o governo federal que está em vigor desde o dia 31 de março desse ano, é de apenas 4,33%.

Essa é a primeira vez que o Procon Goiás constatou a variação de 3.200% nos preços de medicamentos em Goiânia. Foram visitadas 12 drogarias em diferentes regiões da capital e verificado o preço de 65 medicamentos, sendo 33 deles de referência,ou seja, de marca e 32 genéricos. De acordo com o a Gerência de Pesquisa E Cálculo do Procon, nos chamados medicamentos de referência a oscilação chegou a 128% .

Segundo o Procon Goiás foram considerados os preços praticados para clientes comuns, independente da exigência de cadastro pela própria rede ou por laboratórios. Na pesquisa também não foi considerada nenhuma condição especial, como descontos para empresas, clientes de planos de saúde conveniados ou aposentados.

A diferença de preços entre os estabelecimentos chamou muita atenção, como por exemplo, no caso do medicamento para controle de pressão arterial, Hidroclorotiazida (25mg/ 30 comprimidos), que teve como maior preço verificado o valor de R$ 5,94 e como menor preço R$ 0,18, ou seja, -3.200%.

O consumidor pode economizar na compra de medicamentos até 86%

A substituição do medicamento de referência (marca), pelo medicamento genérico pode representar uma economia de até 86% para o consumidor. Como exemplo temos o Voltaren (50mg/20 comprimidos) que segundo o Procon, em uma das drogarias visitadas o preço é de R$ 37,69 e a versão genérica (diclofenaco sódio) R$ 5,22, uma economia de até 86,15%.

Conforme o levantamento de preços feitos pelo Procon Goiás, apenas consumidores que estão acostumados a comprar um determinado tipo de medicamento, podem ter a impressão de que o reajuste anual está a cima do determinado pelo pelo governo federal (4,33%).

Durante a pesquisa foi identificada a elevação de 16,32% em alguns tipos de medicamentos, como o genérico Fernobarbital (100mg/20 comprimidos), mas conhecido pelo nome de referência, Gardenal. O preço desse medicamento em abril/2018 era de apenas R$ 4,24, mas atualmente custa em média R$ 5,63.

A explicação para isso é o fato do percentual de reajuste autorizado pelo governo federal ser aplicado sobre o Preço Máximo ao Consumidor (PMC) e não sobre o preço de venda praticado pelo estabelecimento.

Exemplo

Com o reajuste autorizado (4,33%), quando o medicamento tem o preço máximo ao consumidor (PMC) de R$ 10,00, esse valor poderá chegar a R$ 10,43, porém, se o estabelecimento já comercializava esse medicamento com o preço abaixo do PMC, com o valor de R$ 7,00 por exemplo, mesmo que resolva cobrar R$8,00, ainda está dentro dos parâmetros definidos.

Por esse motivo, para o consumidor que já está acostumado com o valor pago mensalmente , o impacto é bem maior. O reajuste nos preços de medicamentos nos anos anteriores, era definido de acordo com os medicamentos de maior concorrência, concorrência moderada e concentrada e, com isso, os grupos de maior concorrência sofriam maior reajuste.

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