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Depois de alívio, mercado se recupera

Os mercados financeiros tiveram um novo pregão de alívio nesta quarta-feira, com a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subindo forte puxada pela Petrobras e o dólar comercial caindo para abaixo dos R$ 4. A moeda americana terminou o pregão negociada a R$ 3,962 na compra e a R$ 3,964 na venda, recuo de 2,34% ante o real. Apesar do recuo, no mês a divisa acumulou uma alta de 9,2%. Já o Ibovespa teve alta de 2,10%, aos 45.059 pontos, acompanhando a tendência dos principais índices do globo. No entanto, mantendo esses patamares, ele fechará setembro com queda de 3,52%, sendo o 3º mês seguido no vermelho, acumulando no trimestre uma queda de 15,25%.

Mantendo esse resultado, será o pior resultado do Ibovespa desde o 2º quarto de 2013, quando ele caiu 15,74% entre abril e junho. Contudo, se o trimestre tivesse fechado ontem, sem o resultado positivo de hoje, a queda trimestral seria de 16,86%, superando assim outro recorde negativo (-16,15%, do 3º trimestre de 2011) e voltando para o último trimestre de 2008, quando o Ibovespa despencou 24% no ápice da crise americana.

O dólar comercial teve o seu segundo dia de queda. Mas além da forte alta no mês, a moeda americana acumula alta 48,9% no ano. Para analistas, os investidores estão respondendo à atuação do Banco Central e do Tesouro Nacional. O BC tem feito intervenções quase diárias no mercado de câmbio, com a oferta de swaps cambiais (que equivalem a uma venda de moeda) e leilões de dólar com recompra em data pré-definida. Já o Tesouro ampliou a oferta de títulos pós-fixados atrelados à Selic, os mais demandados por investidores em tempos de incerteza.

Banco Central

Ontem, o BC renovou apenas os 3.550 contratos de swap cambial ofertados no leilão, concluindo a rolagem do lote de US$ 9,458 bilhões que vence em 1º de outubro. Por enquanto, o fluxo cambial mostra que não há uma grande saída de recursos do país, o que mostra que não há necessidade de venda de dólares no mercado à vista.

O fluxo cambial ficou negativo em US$ 555 milhões na semana passada, resultado de uma saída líquida de US$ 461 milhões na conta financeira e déficit de US$ 94 milhões na conta comercial. Em setembro, até o dia 25, o fluxo cambial está negativo 172 milhões. No ano, o saldo está positivo em US$ 11,103 bilhões.

Ações

Os papéis da Petrobras subiram forte, repercutindo de forma positiva o anúncio, na noite de terça-feira, do reajuste no preço da gasolina e do diesel. Os preferenciais (PN, sem direito a voto) subiram 9,86%, cotados a R$ 7,24. No caso dos ordinários (ONs, com direito a voto) avançaram 8,79%, a R$ 8,54.

Também registram forte alta as ações da Cosan, que subiu 5%. A companhia é uma das controladoras da Raízen, que atua na distribuição de combustíveis e também é a maior produtora de etanol do país. A outra controladora da Raízen é a Shel. A Ultrapar, que também atua na área de distribuição (postos Ipiranga), teve alta de 5,28%.

Já as ações da Vale, que subiram forte na parte da manhã, perdem força. Os papéis preferenciais têm alta de 0,60% e os ordinários registram variação positiva de 0,54%. As preferenciais de Bradesco e Itaú sobe, respectivamente, 1,42% e 1,58%. O Banco do Brasil tem alta de 4,88%.

No mercado acionário, os índices europeus operam em forte alta, impulsionados pela recuperação das Bolsas asiáticas. O mesmo ocorre nos Estados Unidos.
O DAX, de Frankfurt, fechou em alta de 2,22%, e o CAC 40, da Bolsa de Paris, avançou 2,57%. Em Londres, o FTSE 100 teve alta de 2,58%. No mercado americano, o Dow Jones tem alta de 1,40% e o S&P 500 sobe 1,57%. As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam em alta, após as perdas do pregão anterior e o modesto avanço das ações em Nova York na terça-feira. Porém, encerraram o terceiro trimestre com o pior desempenho em muitos anos, em meio a preocupações com a desaceleração da China e seus efeitos na economia mundial e incertezas de quando o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) começará a elevar os juros básicos dos Estados Unidos.

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