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Fatia de Abilio Diniz no Carrefour Brasil sobe a 12%

Ex-dono do Pão de Açúcar fecha acordo com fundo de Cingapura e amplia sua fatia no capital da filial da rede francesa no país

SÃO PAULO. O empresário Abilio Diniz aumentou sua participação no capital do Carrefour Brasil. Depois de adquirir no final de 2014 uma fatia de 10% da operação brasileira da rede francesa, por R$ 1,8 bilhão, Diniz exerceu o direito de ampliar sua cota de ações, passando a deter agora 12% do capital total. Pelo acordo fechado em dezembro, Diniz poderá ter até 16% das ações.

Para este novo passo, porém, o empresário ganhou aliados poderosos. Em comunicado divulgado nesta terça-feira, a Península Participações, empresa da família Diniz, informou que “concluiu a sua primeira captação de recursos de terceiros”. Por meio de um acordo entre o Fundo Península II e o GIC, fundo soberano de Cingapura.

De acordo com a Península, os recursos obtidos nessa captação aumentará sua participação para 12% no Carrefour Brasil, “nos termos do acordo celebrado”, em dezembro de 2014.

“Essa transação com GIC reforça a visão da península Participações sobre a importância de parcerias de longo-prazo com os principais investidores globais”, conclui a nota.

Filho do fundador do grupo Pão de Açúcar, Diniz trabalhou toda a sua vida na empresa, até junho de 2012, quando passou o controle da rede aos franceses do Casino. Depois de uma feroz disputa com o presidente do Casino, Jean Charles Naouri, Diniz chegou a um acordo que o liberava da cláusula de non compete, que o impediria de voltar a atuar no varejo.

Sem essa amarra, Diniz, que há dois anos é presidente o Conselho de Administração da fabricante de alimentos BRF, passou a diversificar seus investimentos. Mas voltou ao varejo, primeiro comprando ações da matriz francesa do Carrefour, e em seguida da sua filial brasileira. Por ser o maior rival do Casino no mercado francês, o Carrefour foi o pivô da crise que acelerou sua saída do Pão de Açúcar.

Em 2011, Diniz negociou com o Carrefour uma fusão da operação brasileira da rede francesa com o Pão de Açúcar, sem informar seu sócio franês, o Casino, desse movimento. Foi o estopim do fim de suas relações com Naouri.

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