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Demissões superam contratações no país pela 1ª vez em um mês de maio em 23 anos

BRASÍLIA - O Brasil fechou 115.599 vagas formais de trabalho em maio, mostrou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira. É a primeira vez em que as demissões superam as admissões em um mês de maio desde 1992, segundo dados históricos do próprio ministério. O saldo negativo é resultado de 1.464.645 admissões contra 1.580.244 demissões no mercado de trabalho.

Além disso, o desempenho foi muito pior que o esperado, já que a mediana das expectativas de analistas apontava para o fechamento de 38 mil postos no mês, segundo pesquisa da Reuters. Em abril, foram fechadas 97.827 vagas no país, segundo dados não ajustados.

No ano, o mercado formal brasileiro acumula perda de 243,9 mil vagas, resultado de 8.265.546 admissões contra 8.509.494 demissões no ano.

Entre as regiões, apenas no Sul, com criação de 45.053 postos de trabalho e no Centro-Oeste, que gerou 25.869 vagas formais, tiveram desempenho positivo. No Nordeste houve perda de 152.342, no Norte, de 33.843 e no Sudeste, de 128.685.

— Nos últimos 12 anos foram criados 21 milhões de postos de trabalho, porém é preciso ajustar a economia para que possamos continuar gerando vagas formais. Somente o FGTS vai aportar esse ano cerca de R$ 70 bilhões, que vai beneficiar, principalmente, o setor da construção civil — disse o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias.

Para ele, haverá uma melhora no quadro de geração de novas vagas a partir do segundo semestre.

— O FGTS já desembolsou R$ 20 bilhões, neste primeiro semestre, para o setor da habitação e saneamento básico. Esse recurso vai ajudar a recuperar os empregos na construção civil, que deve gerar mais de 1 milhão de novos postos ainda em 2015 — comentou.

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