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PIB do agronegócio cresce 0,13% em janeiro

Da assessoria

Brasília – Mesmo com a retração geral na atividade econômica do Brasil, acentuada no início de 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro cresceu 0,13% em janeiro, comparado com o mesmo mês do ano passado. É o que demonstra levantamento feito pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A maior contribuição para o desempenho positivo do PIB do agronegócio foi dada pelo setor pecuário que apresentou crescimento de 0,34%, além do fato de o setor agrícola ter se mantido estável, com índice positivo de 0,02% no início do ano.

Deste modo, a renda do agronegócio brasileiro para 2015 está estimada em R$ 1,209 trilhão, sendo que R$ 819,46 bilhões (68%) referem-se ao ramo agrícola e outros R$ 390,48 bilhões do setor pecuário, 32% do total. Se observado de forma isolada, segundo o estudo Cepea/CNA, o melhor desempenho ocorreu na área de insumos, com expansão de 0,45% ao lado de cenários de alta tanto para a agricultura (0,47%) quanto para o setor pecuário (0,42%). A produção agrícola foi afetada pelo fraco desempenho dos preços, com elevação de apenas 0,03%. E, em razão desse cenário, o crescimento do setor em 2015 deverá ficar abaixo de 1%, em contraposição ao crescimento médio de 3,05% ocorrido no ano passado.

Crescimento

Sendo assim, de acordo com os números do Cepea/CNA, espera-se crescimento anual para as seguintes culturas: arroz (0,42%); batata (130%); café (54,18%); cebola (126,28%); fumo (3,51%) e tomate (1,39%). No caso do arroz e do fumo, as perspectivas são de alta tanto com relação aos preços quanto à produção. Já em relação aos demais produtos, a expansão esperada refere-se à melhoria nos preços, embora a expectativa seja de queda na produção.

Do lado oposto, alguns produtos deverão ter desempenho negativo no faturamento ao longo de 2015. O algodão, por exemplo, deverá ter queda de 36,68%, enquanto a banana outros 12,43%. Quedas são esperadas, também, para o cacau (17,69%); cana (3,09%); feijão (8,51%); laranja (2,54%); mandioca (57,06%); milho (4,09%); soja (8,5%); trigo (29,09%); e uva (2,03%). O Cepea/CNA explica que, no caso da maioria dos produtos analisados, a expectativa é de queda tanto para os preços quanto para a produção.

Vale destacar o comportamento da pecuária neste início de 2015. Com bom desempenho nos preços e na produção, a bovinocultura de corte cresceu 3,55%. Já com relação aos suínos os preços também foram satisfatórios, na comparação com janeiro do ano passado, mas nas demais atividades, avicultura de corte e postura e leite, ocorreram desvalorizações nas cotações. O estudo alerta para as dificuldades conjunturais enfrentadas pela economia brasileira, especialmente os índices elevados para a inflação, provavelmente acima do teto da meta fixada pelo governo, que é de 4,5%.

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