Home / Economia

ECONOMIA

Pecuaristas riem à toa  com a arroba do boi nas alturas

Os pecuaristas não têm o que reclamar das cotações da arroba do boi gordo no mercado nacional e internacional nem do dólar em comparação com o real. O depoimento é do presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), Hugo Goldfeld, que demonstra satisfeito com o andamento da Pecuária, como é carinhosamente chamada a tradicional exposição agropecuária, em pleno andamento, em Goiânia. Goldfeld justifica a sua satisfação com o andamento da 70ª Exposição Agropecuária de Goiás. São esperados 1.200 animais, dos quais cerca de 900 serão comercializados em leilões ou através de vendas diretas nos pavilhões. São animais do mais elevado pedigree genético.

Numa referência ao desempenho do setor, Hugo Goldfeld demonstra que os pecuaristas cultivam uma área de pastagem de 262 milhões de hectares. E frisa que essa área é superior a soma de diversos países europeus. “O Brasil produz hoje 25% de toda a comida do mundo e com uma projeção para 2030, pode ser responsável por 33% de toda a alimentação mundial”, repetiu ao Diário da Manhã o que disse em seu discurso de abertura da 70ª Expo-Goiás. Produzindo cerca de 200 milhões de toneladas de grãos, e 209 milhões de cabeças, correspondentes a 20,1% do rebanho mundial, e 45 milhões de abates anuais. Ele vê perspectivas de promissoras de crescimento e com possibilidades de tornar o Brasil o maior exportador de carnes entre todos os países produtores.

Hugo assinala ainda a contribuição do segmento agropecuário para o Produto Interno Brasileiro (PIB). Este ano, a expectativa é de 1,2% de crescimento, apesar da atual conjuntura econômica nacional. Em sua visão, o produtor brasileiro tem dado demonstrações claras de preservar o meio ambiente. A adoção da tecnologia moderna não invalida o aumento da produção. O melhoramento genético faz parte do cenário atual. “Basta andar na Exposição para constatar esta realidade”, confirma. O desempenho do agronegócio é um dos principais fatores determinantes da inflação, “posto que alimentos e bebidas representam 23% do IPCA”, assegura. E arremata: “Com esse peso no custo de vida chega a 28% para os estratos mais pobres e a 8,5% para os mais ricos, um bom desempenho do agronegócio pode contribuir significamente para garantir relativa continuidade da melhoria da distribuição da renda e da redução da pobreza”.

Leia também:

  

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias