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Nova BNCC faz escolas de ensino médio se adequarem

Não é de hoje que o Ministério da Educação e Cultura (Mec) trabalha no sentido de trazer mudanças e adequações à nova realidade educacional, haja vista que a sociedade está em constante reinvenção. Por isso as mudanças no ensino são tão constantes. Em 2018 houve uma mudança de legislação nacional que determinou adequações para o ensino fundamental, que foram realizadas no ano de 2019. Agora é a vez do ensino médio. A lei da nova BNCC foi promulgada em 2019 e as escolas têm até 2022 para se adequarem. As mudanças já começaram. A nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) promulgada em 2019 visa, primordialmente, a ressignificação do ensino médio brasileiro.

Esta é a avaliação do professor Wellintom Aurélio Souza, mais conhecido como WBio, professor de biologia e coordenador pedagógico do Colégio WR. WBio explica que “as mudanças atingiram principalmente a grade curricular. O Enem tradicional segue os moldes dos vestibulares, ou seja, o aluno é conteudista, devendo ver todo o conteúdo do 2º grau proposto de acordo com os editais dos vestibulares e do Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa (Inep). Consequentemente, qualquer curso que o aluno vai fazer, independentemente de ser medicina, direito ou engenharia, ele deveria ver todo o conteúdo do segundo grau programado.

A Nova BNCC visa redistribuir esses conteúdos. O prazo para adequação é 2022, quando este ‘Enem tradicional’ será substituído pelo novo Enem”.

Critérios

A nova Base Nacional Comum Curricular muda os critérios do ensino médio, onde os colégios têm que se adaptar à nova lei, com novos conteúdos e novas metodologias de ensino. O professor WBio explica as novas mudanças: “Quando um estudante escolhia fazer o curso de Direito, ele estudava todas as matérias com igual peso no 2º grau, ou seja, matemática, química, física, biologia, tudo de uma forma aprofundada.

Com a nova BNCC, o aluno que vai cursar Professor WBio e Professora Ailma de Oliveira Direito precisa ter uma noção de biologia ou matemática, mas não tão profundamente, apontando que as matérias da área que ele optou, ou seja, de humanas, como história, sociologia ou geografia, terão maior peso. Nesta fase de adaptação isso vale apenas para os alunos que estarão entrando no 1º ano do ensino médio. Os alunos que já estão no 2º ou 3º ano, poderão optar entre o Enem tradicional e o ‘Novo Enem’ até 2022, quando o ‘Novo Enem se torna definitivo”.

WBio também esclarece que para o ensino para o ensino particular, a carga horária exigida aos alunos já era muito superior ao que a nova legislação requer, que é de 3 mil horas. “No Colégio WR nós trabalhamos com uma carga horária acima de 5 mil hora já há muitos anos, muito superior ao que está sendo exigido, o que aponta que já estávamos bem à frente da legislação em relação à carga horária.

As mudanças ocorrerão a nível de conteúdo”. O professor WBio explica que para o 1º ano ano do ensino médio, as mudanças ocorrerão de forma drástica, como por exemplo, a implantação da matéria “Projeto de Vida”. Para isso, o colégio em que trabalha acertou com uma equipe de psicólogos, psicoterapeutas, ou seja, uma equipe multidisciplinar que irá trabalhar essa matéria, que vai muito além de uma simples orientação vocacional.

“O aluno agora é o centro das atenções”, arremata. Entre as adaptações que a escola está fazendo é a implantação do laboratório ‘maker’, com a aquisição de impressora 3 D, corte a laser, dentre outras coisas, para a aplicação de matérias como por exemplo, química e física, da teoria à prática. “A atualização da escola particular é diária, pois trabalhamos como uma empresa. No nosso caso, esta atualização passa pelos alunos, que participam da avaliação dos professores, de modo que cada ano letivo traz mudanças significativas, o que nos colocam bem próximos ou até à frente do que o governo exige”.

Segundo a professora Ailma Maria de Oliveira, coordenadora pedagógica do Colégio Cultura e Cooperativismo, da rede pública estadual, “a ressignificação do ensino é uma necessidade uma vez que precisamos ter uma educação de acordo com a realidade que nos cerca”. Ela avalia que “os conteúdos precisam ter significação para os estudante. Ao longo dos anos, a grade curricular foi aumentando em disciplinas, o que acarretou a perda de qualidade do ensino”.

E finaliza: “A nova BNCC demonstra uma preocupação com a metodologia de estudo, fazendo com que ela seja ressignificada. Um dos resultados dessa busca é que a interpretação de texto ganhou maior peso, para que de fato os estudantes possam entender melhor o mundo ao seu redor”

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