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Foto: Divulgação
A cantora Andressa Toledo se apresenta nesta sexta-feira, 26, às 20h, no palco do Teatro IFG ( R. 75, 2-186, Setor Central) com o show “Amor que Adoece = Amor que Cura”. Por meio da linguagem musical, ela promete um espetáculo que entregará música, saúde e cultura.
Musicoterapeuta graduada pela UFG, Andressa atua há 15 anos na área de saúde mental. Seu show – numa perspectiva acadêmica – pode ser definido como musicoeducacional, uma vez que aborda conceitos de autocuidado e proporciona um espaço para estimular o autoconhecimento e desenvolvimento pessoal, peças fundamentais para o fortalecimento da saúde mental. Já, sob o ponto de vista cultural, é eclético e tem músicas autorais.
Desde 2020, a cantora se dedica a consolidar um método de vivência musicopsicoterapêutica sistêmica voltado para o desenvolvimento pessoal. De acordo com ela, cada participante – individualmente – constrói o que ela chama de “sua própria canção sistêmica”.
Mas como isso funciona? Andressa afirma que acontecem encontros onlines e intercalados com aulas psicoeducativas (gravadas), em que o aluno tem um espaço para, por meio de suas músicas, acessar sua história de vida pessoal e experimentar um reencontro com a dor de sua criança ferida, assim como as memórias felizes, seus amores e dissabores.
Ou seja, em um espaço seguro, ele (a) pode realizar trocas e receber o suporte adequado para trabalhar suas possíveis questões traumáticas, dando um novo olhar para a dor e extraindo o aprendizado que ela traz. A imersão, além de colocar luz sobre a dor e buscar um caminho de ressignificação para ela, também convida o aluno a significar a vida.
Andressa explica que o processo de construção da canção sistêmica permite que os alunos se conectem com sua missão e com seu propósito de vida sob um olhar sistêmico, levando em consideração a existência de leis que regem as relações. A partir de reflexões pessoais, possibilita caminho de elaboração aos possíveis desconfortos emocionais e impulsiona a realização de projetos pessoais, seja no campo familiar, pessoal, de casal ou profissional.
Especialista em Psicanálise, Psicopedagogia, Constelação Familiar, Saúde Mental e Dependência Química, a artista tem mestrado em Música pela UFG. Sua pesquisa teve como foco a utilização da mesa vibroacústica para avaliar a minimização dos sintomas de ansiedade durante o tratamento em dependência química.
Trabalhos
Como cantora, contudo, tem dois CD’s gravados, um de cunho popular, cujo álbum se chama “Um Novo Sol” (2006), e o outro voltado para canções que revelam um pouco mais de sua verdade e a sua forma de enxergar o mundo, intitulado “Rumo à Evolução” (2017).
Andressa considera os dois trabalhos como fontes de caminho para o autoconhecimento, sendo o primeiro uma experiência de suas primeiras composições (adolescência), que tinham como foco as relações amorosas e temas correlacionados, onde a busca pelo autoamor e a busca por um “amor verdadeiro” na figura do outro permeavam intrinsecamente as letras das canções que contemplaram o álbum.
Já no segundo CD são apresentadas músicas que revelam a forma como a cantora passou a se posicionar diante do mundo, aceitando as suas verdades, que foram clareando a partir de sua jornada enquanto musicoterapeuta em um hospital psiquiátrico que tinha uma visão sistêmica do indivíduo e o considerava de forma integral (biopsicossocioespiritual).
Toda a sua vivência enquanto musicoterapeuta implicou a forma como a cantora passou a expressar a sua arte, visto que diversos casos clínicos em que teve contato levaram-na a refletir sobre si mesma e como sua postura diante da vida poderia conduzi-la a uma futura frustração, já que desconsiderava a sua história e, paralelo a isso, fugia daquilo que era sua essência e no que de fato acreditava.
Como palestrante, utiliza a música como meio para atingir o público ouvinte, cujos temas estão correlacionados com a saúde emocional do ser humano, entendendo-o na sua complexidade, corpo, mente e espírito, e nas suas relações intra e interpessoais.
Amor que Adoece = Amor que Cura
Hoje, a partir das 20h
Teatro do IFG
R. 75, 2-186, St. Central
Entrada franca
