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Giro 8. Cia de Dança leva espetáculo a Cuba

Companhia tem sido uma peça fundamental na cena artística de Goiás. Espetáculo aborda complexidade do amor

Cenário foi criado a partir de folhas de papel para expressar metáfora da escrita - Foto: Layza Vasconcelos/ Divulgação Cenário foi criado a partir de folhas de papel para expressar metáfora da escrita - Foto: Layza Vasconcelos/ Divulgação

A Giro 8. Cia de Dança, uma das mais tradicionais de Goiás, apresenta o espetáculo “Começaria Tudo Outra Vez”, nesta terça-feira, 23, em Cuba. Criado e dirigido por Joisy Amorim, a peça retrata a essência do amor, numa jornada reflexiva e existencial que se inicia a partir do pensamento dos filósofos gregos, caso de Sócrates, Platão e Aristóteles.

Em seguida, discute-se os conceitos contemporâneos. A ideia, de acordo com Joisy, é fazer uma imersão na complexidade das relações humanas. Envolvente e lírica, a trilha sonora traz poemas interpretados pelo contralto inconfundível da cantora Maria Bethânia, que se insere dentre as vozes mais importantes da música popular brasileira, a chamada MPB.

O cenário foi criado a partir de folhas de papel, tornando-se não apenas uma metáfora da escrita em si como também a protagonista cênica do espetáculo. A isso, soma-se as atuações e as coreografias. Resultado: evidencia-se tanto uma certa delicadeza em matéria artística quanto o sentimento amoroso. Ou – por que não? – o estado de espírito quando amamos.

Antes do desembarque na ilha caribenha, a Giro 8 passou pela América Central, onde se apresentou no Panamá, entre os dias 18 e 21. Lá, o elenco participou do 13º Festival Internacional de Artes Escénicas de Panamá (FAE). Agora, em Cuba, será a vez de estrearem no 28º Festival Internacional de Dança em Paisajes Urbanos: Habana Vieja Ciudad en Movimiento, evento que é referência no continente acerca da dança contemporânea.

Assim que findar o itinerário pelo território cubano, a próxima parada dos goianos é perto, na Bolívia. Dessa vez, o palco será o do festival de dança Proyecto mARTadero, em Cochabamba. De acordo com os coordenadores da companhia, ao longo de 12 anos, o grupo sempre se guiou pela necessidade de levar a dança goiana para fora das fronteiras do estado e até mesmo do país, o que efetivamente tem conseguido – basta ver por onde passou.


		Giro 8. Cia de Dança leva espetáculo a Cuba
Diretora afirma que companhia deseja difundir dança produzida em Goiás - Foto: Layza Vasconcelos/ Divulgação. Marcus Vinícius Beck

Joisy afirma que a Giro 8. tem como compromisso ampliar o acesso aos bens artístico-culturais. “E isso parte, inclusive, das diretrizes do Plano Nacional de Cultura. Então, o que fazemos é trabalhar pela aproximação das pessoas às artes de modo em geral, cuidando dessa diversidade de experiências estéticas e artísticas. Em nossa região, somos uma companhia de dança profissional que se mantém constantemente em atividade”, diz.

“Temos grandes trabalhos artísticos sendo produzidos por aqui, mas a maior parte dos outros grupos têm trabalhado por meio de projetos temporários, ligados a programas públicos de repasses de recursos destinados à cultura. Nós, felizmente, temos conseguido trabalhar com essa continuidade de nossas atividades. E isso é fruto de um esforço coletivo.”

Reverenciada pelo público, a Giro 8 Cia. de Dança tem sido uma peça fundamental na cena artística de Goiás. Com um quadro de mais de uma dezena de profissionais que recebem mensalmente por suas funções, a companhia contribui diretamente para a cadeia produtiva da dança e das artes no estado, gerando trabalho e renda a estas pessoas.

A proposta de realizar uma nova circulação fora do Brasil é uma ação que perpassa o desejo de que o Brasil siga sendo reconhecido como esse celeiro de produtos culturais de excelência, também nas linguagens contemporâneas da dança. Lembrando que, em 2022, a Companhia já havia feito uma grande turnê pelo México, além de se apresentar na Turquia.

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