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Cinemas reabrem na França, a terra onde nasceram

Sara Jane

Especial para o DM

Na última quarta-feira os cinemas reabriram na França, onde nasceram há mais um século, pelas mãos dos irmãos Auguste e Louis Lumière, na cidade de Lyon. Após mais uma temporada fechados devido à crise da pandemia, um dos principais executivos da indústria francesa, Jérôme Seydoux, lamenta que o que se passa “não é uma crise, mas uma catástrofe”.

Antes da pandemia, o fantasma que assustava esse setor econômico era o crescimento das gigantes Netflix e Amazon, entre outros canais. O covid-19 veio como mais um inimigo surpreendente, transformando um filme de suspense em um filme de terror...

Sara Jane

Ainda de acordo com Jérôme Seydox, diretor do grupo Pathé, que com seus 124 anos se orgulha de existir desde quando o cinema nasceu, “somos uma indústria que não vai desaparecer, temos um pouco de experiência para superar essa provação”. Mas ele ressalva que para uma retomada segura, o cinema precisa de locomotivas, ou seja, as grandes produções americanas, com astros famosos, histórias originais e cativantes e uma massiva publicidade.

O executivo lembra que “o ano de 2019 muito bom em termos de números, temos bases sólidas. Estávamos prontos para um mercado em rápida mudança e o coronavírus está apenas acelerando esse desenvolvimento. Pessoalmente, gosto muito das Fábulas de La Fontaine, e tenho uma imagem que me vem à cabeça: no momento, a lebre não para de correr e a tartaruga não avança. Este é o caso da Pathé hoje.”

Antes da reabertura das salas, diversos executivos do setor escreveram artigos nos jornais, criticando a forma com que as salas continuaram fechadas, enquanto igrejas foram reabertas e manifestações públicas continuaram acontecendo nas cidades francesas.

Quando nasceu, o cinematógrafo dos irmãos Lumière emocionou a platéia com uma imagem de um trem chegando à estação e as pessoas descendo na plataforma. Agora, o que emociona os aficcionados do cinema são as pessoas nas filas esperando para assistir um filme. Ainda que algumas restrições continuem. Por exemplo, o horário de abertura ainda é limitado, até às 21 horas.

O roteiro agora é de superação e reinvenção de um produto que movimenta milhões nos países desenvolvidos, mesmo após diversas fases em que teve que enfrentar e conviver com inimigos que se tornaram aliados, como a TV e a internet. Mas os olhos de quem faz e vive desse mercado estão fixados mesmo é nos números de pessoas que ocupam as salas, depois de um fechamento inédito na história desse mundo. A seguir.

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