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Veja outras ocasiões em que 'Os Simpsons' 'previram' o que aconteceria no mundo

Primeiro foram os Ramones. Depois, à medida que "Os Simpsons" consolidou-se como um marco na história da animação, apareceram Keith Richards, Mick Jagger, Jim Morrison, Ringo Starr, George Harrison, Linda e Paul McCartney e... claro, claro, claro... Ronaldo Fenômeno! Sim, o craque trocou uma ideia com Homer na época em que era estrela do Real Madrid e esperança para o hexacampeonato na Copa da Alemanha, em 2006, sonho que se esvaeceu como uma música punk.

Ou seja, de estrelas do rock´n´roll, do futebol e do cinema, os bonachões da cultura pop ganharam suas engraçadas versões amareladas, invadindo Springfield para conhecer Homer e sua turma.  

Feita essa breve observação, convém destacar – por assim dizer – o ímpeto de adivinha que faz de “Os Simpsons” uma das séries mais celebradas da televisão mundial. Acredite, parece que eles acertaram mais uma. Após prever lá pelos idos de 2002 que o outsider endinheirado Donald Trump seria o chefe da Casa Branca, a animação voltou a provocar alvoroço nas redes sociais: a bola da vez, melhor dizendo, a previsão da vez, risos, foi a tal cédula de R$ 200 anunciada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Se você apostou que isso não é uma novidade para Homer, acertou. E não só não é, como ele foi subornado com ela no Brasil.

Série previu eleição de Donald Trump no início dos anos 2000 - Foto: Reprodução/ Youtube

Ok, é verdade, Homer recusou a grana. Mas que ele já conhecia a cédula, isso já. E a nota foi ao ar na 25ª temporada numa maleta camarada para que “cuidasse da final da Copa”, já que era juiz do Mundial de 2014. Curiosamente, ou nem tão curioso assim, no mesmo capítulo os roteiristas preveem a derrota da Seleção Brasileira para a Alemanha na final, embora na vida real o Brasil padeceu antes, na semi.

Numa das cenas, um jogador da Espanha faz uma falta e Homer saca o cartão vermelho. O espanhol arrisca fazer com que o árbitro mude de idéia, tentendo suborná-lo, mas a iniciativa foi em vão. “Homer Simpson foi convocado pela sua honestidade e falta de interesse”, diz o narrador da partida.

No frigir dos ovos, a gente já sabe que o protagonista mais adorado da televisão foi agraciado por magnatas antes mesmo de a cédula de 200 circular, recusando-a – por sinal. Mas não é de hoje que a série ganha notoriedade ao antever o que aconteceria anos depois.

Nas últimas temporadas, a animação – além de mostrar Trump como presidente dos States – retratou a crise de ebola, a chegada dos smartphones e até mesmo Lady Gaga cantando no Super Bowl. Dizem, inclusive, que o seriado previu o surgimento da ambientalista Greta Thunberg, já que Lisa Simpson é engajada nas causas de preservação do planeta e nos ideais feministas.

Coincidências à parte, a mais divertida delas, sem dúvida, e este subscrito aqui pede licença pra abrir um parêntese na condição de fã, ocorreu em 1995 quando o enredo avançou 15 anos, mostrando o casamento de Lisa com um cartaz dos Stones ao fundo. Acertou mais uma, o roteirista Matt Groening. Pois, como sabemos, a banda inglesa percorreu o mundo nos anos seguintes em turnês, lançando discos e anunciando novas apresentações e singles.

Dois anos depois, no ano de 1997, mais uma vez a previsão rolou na prática: o seriado mostrou a fusão das gigantes Fox e Walt Disney Co., o que acabou se concretizando em dezembro de 1997.

Na série, Homer chegou a receber suborno para apitar a final da Copa de 2014 - Foto: Reprodução/ Youtube

Criada por Groening em 1987, “Os Simpsons” está no ar há mais de 30 anos. A estética infantil com traços simples, típica dos desenhos feitos nas décadas de 1950 e 1960, fez do seriado norte-americano o pioneiro ao abrir espaço às animações adultas que vieram em sua esteira.

Apesar de serem caricatos em certos momentos, os personagens são diretamente associados à realidade. À primeira vista, pode-nos parecer são meio bobos, só que Homer, Marge, Bart e Maggie retratam tão bem o american way of live – sempre pela ótica do sarcasmo sagaz – que essas semelhanças são uma leitura esperta da sociedade ultraliberal.  

Por isso e mais um pouco, arrisco a sentenciar que a produção norte-americana se tornou um objeto de culto entre os fãs. A cada “previsão” identificada, “Os Simpsons” reforçam o alto do pódio de seriado célebre entre o público. E não é à toa, afinal foram abocanhados em mais de três décadas no ar por 34 Emmys, 31 Annie Awards - prêmio dedicado exclusivamente a programas de animação -, além de uma estatueta do Oscar pelo curta-metragem “The Longest Daycare”, em 2012.

Homer e sua família são um grande arsenal multimídia, com livros, DVDs, CDs e jogos - uma verdadeira febre da cultura de massa. Ainda bem que “Os Simpsons” alfinetam os poderosos. Ainda bem...

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