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CULTURA

Cervejinha em casa

Mesmo em quarentena por conta da pandemia de coronavírus –e, vejam vocês, com adaptações necessárias nestes tempos de moléstia -, as velhas tradições boêmias devem ser mantidas, principalmente no final de semana. É dia de beber uma cervejinha, quebrar o gelo com uma pinguinha ou um conhaquinho, é dia de lubrificar o paladar do gosto da birita com uma jantinha ao melhor estilo goiano, com aquele feijão tropeiro e carne de sol, hum, hum... que delícia! As melhores casas do ramo fazem o trampo delivery para atender ao público.

Se a sexta simboliza a carta de alforria concedida ao proleta, o sabadão é o suspiro do hombre que se ressente na vida guiada pelo horário comercial – mesmo no isolamento, sim, sim, a gente está refém dele. Sexta era dia de assistir ao futebol nosso de cada dia (série B), aquele mesmo que matou nossa abstinência do ludopédico, bebendo uma de leve e preparando o terreno, no caso o fígado, para maiores emoções que virão nas próximas horas. Hoje, bem, hoje é só baixar os aplicativos de entrega no Google Play e Apple Store ou discar. Disque.

Casa Liberté

Entre os melhores que a gente tem ao nosso dispor, está a Casa Liberté, templo etílico com referências à revolta de Maio de 68, onde o cardápio gastronômico e alcoólico é diverso e camarada do bolso – o que, sem dúvida, é um fator preponderante na boêmia proletária. Todo dia rola uma promoção. Em geral, o custo do chopp, vinho, breja, vodca, uísque, entre outras biritas, é bastante em conta. Cabe muito bem no orçamento. Para acompanhar as ofertas do dia, basta ficar ligado no Facebook e Instagram da casa. Sempre são divulgados ali o que estará mais barato no dia. Endereço: Rua 19, nº 400, Centrão. (62) 99123-2197

Bar 230

Se sua vibe é saborear um tira-gosto feito no boteco do bairro, saca só: na Vila Jaraguá, nas imediações do Setor Criméia Leste, o Bar 230 produz pratos que são imprescindíveis na gastronomia boêmia. Trata-se, e se você reverencia um bom tira-gosto, da mais alta iguaria de botequim, de botequim goiano, ainda por cima. Deu pra imaginar, né? Mas, mesmo assim, deixo aqui minha dica: a jantinha (R$ 12,00). O indefectível prato goiano difere-se dos demais que a gente encontra por aí pelo seu único sabor, honestamente singular. Bom, comida chama uma, que chama outra, que chama mais outra, e o preço tem de ser barato: Anmestel, por exemplo, sai a R$ 7,00. Endereço: Rua 230, em frente ao Condomínio Quinta Villa Boa.

Mandala

Cerveja é coisa séria. Melhor: bebida é coisa séria. E como tal, deve ser provada em grupo. Como a pandemia baixou as portas, a solução é pedir para que o tira-gosto e a birita sejam entregues em casa. Ajuda, além de manter em forma a prática boêmia, a manter nossos bares favoritos de portas abertas. No caso do Mandala, o cardápio etílico do bar é vasto, põe vasto aí: destilados, fermentados e mais um bocado de outras coisas que, me perdoem, fugiram do meu cocuruto jornalístico, são bem em conta. No entanto, sujeito devoto da vida boêmia, conhecedor das bodegas que fazem parte da mística da capital goianiense, é um bar respeitável. Liga lá: (62) 98464-6362. Endereço: Av. Esperança, 16, Vila Itatiaia, Goiânia.

Ponto 18

Contemplado na cena noturna da capital goianiense como ‘o bar dos formadores de opinião, dos artistas e dos intelectuais’, o Ponto 18 reserva ao fã do paraíso que é a vida à noite o mais importante: breja gelada, ô e como. Na época em que o mundo ainda era normal e as pessoas podiam sair de casa, a parada no boteco clássico do Centrão era obrigatória. Ali a gente sentava, falava das agruras proletárias e, como manda o bom mandamento da mais fina botecagem, bebia, hummmmmmm, aquela cervejinha bem gelada – aliás, rememorando o saudoso Adir Blanc, quando o sujeito se refere no diminutivo a qualquer espécie de bebida alcoólica, a abstinência tá braba. Quebre isso, ligue pra Dona Marlene: (62) 3225-2673.

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