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Monólogo retrata vida de Anne Frank em campo de concentração

Carlos Pereira

A atriz goiana Charlene Brito, com direção artística de Ilson Araújo, supervisão e produção de Eduardo de Souza, volta a atuar na capital. Ela estreia hoje no Teatro Goiânia Ouro, localizado no Setor Central, o seu monólogo sobre a garota Anne Frank, um dos símbolos da resistência ao Nazismo ao retratar em seu diário as tensões do dia a dia dos campos de concentração durante a 2ª Guerra Mundial que exterminaram milhões de judeus.

Depois da estreia para convidados, a peça, de 45 minutos, será levada para discussão com professores de história, literatura e teatro como parte do projeto Teatro na Escola. O objetivo, segundo os produtores, é proporcionar aos estudantes uma melhor fundamentação histórico-social, filosófica e artística sobre a segunda guerra, o antissemitismo, a discriminação e injustiça no mundo. “É claro também que o papel do teatro, no sentido de dar vida e voz a uma personagem tão emblemática para o mundo, como foi Anne Frank e seu Diário, se torna um ato muito relevante”, diz Charlene Brito.

Segundo Charlene, o texto “A Coragem de Anne Frank” (Minha querida Kitty) é uma adaptação livre, feita por ela, do “Diário de Anne Frank”, uma tocante abordagem sobre a vida dessa garota que é a vítima mais conhecida de Hitler, durante a 2ª Guerra Mundial se tornando conhecida no mundo inteiro pela forma sincera e surpreendente como escreveu e relatou sobre o caos que era guerra e os campos de concentração nazistas.

A atriz explica que o texto não se prende só a Anne Frank e faz comparações com garotas que ela identifica como as ‘annes’ atuais, que são vítimas de outras guerras, entre elas, os conflitos do Oriente Médio. “Todo o texto foi escrito a partir de dados históricos e situações vividas por crianças nas guerras. Para isso, utilizamos a linguagem teatral e a do audiovisual, através de imagens editadas de arquivos de guerra, onde as personagens Anne Frank atual e Anne Frank menina interagem em cena”, diz Charlene.

De acordo com os produtores, a peça se destina principalmente aos adolescentes e jovens, no sentido de transmitir a eles todo o suporte emocional e intelectual que um ser humano passa a adquirir numa situação extrema. Além disso, afirmam que o texto busca mostrar a coragem da garota, que se tornou grandiosa no mundo todo através de sua mensagem, revelando tudo que sentia, com muita coragem, pelo fato de estar diante de uma guerra mundial e também uma guerra interna ao estar confinada com mais oito pessoas em um campo de concentração nazista.

Anne Frank se tornou um dos maiores símbolos de luta contra a opressão, discriminação e injustiça, e o seu livro “O Diário de Anne Frank” é um dos maiores sucessos editoriais de todos os tempos. “O Diário de Anne Frank me tocou profundamente, por ser um relato vivo e abrangente de uma garota que se viu obrigada a reescrever sua própria história, sua perspectiva de vida, vivendo numa circunstância adversa e ameaçadora”, afirma.

E completa: “Por causa disso o relato dela me pareceu universal e atemporal, então, achei coerente falar de sua coragem, coragem para continuar acreditando no ser humano e também em sua coragem de superar aquele momento”, frisa Charlene.

Charlene Brito

A atriz começou a atuar em Goiânia ainda criança. Aos nove anos de idade já fazia cinema com o seu irmão, o cineasta Hélio Brito. Logo após ingressou no Grupo Sandança de Arte Popular do Criméia Leste, da diretora Arlene Rocha, que hoje mora e trabalha com arte na Bélgica. Depois participou de grupos de capoeira, jazz, balé, coral, até a chegada do projeto Martim Cererê, com o teatrólogo Marcos Fayad.

A partir daí não parou mais. Participou ainda das atividades do Cabaré Goiano, que fez história na capital. Com o projeto  Martim Cererê montou diversos espetáculos. Se apresentou em outros estados do Brasil e na Europa. Passou um tempo no Rio de Janeiro trabalhando na TV Globo, onde deu vida à cachorra Priscila da TV Colosso, além de outras participações na emissora.

“Lá no Rio de Janeiro obtive muitos contatos, experiências profissionais, aprendizados. Sou guiada por aquilo que contribui para o meu aprimoramento e agora, neste momento, depois de passar um tempo atuando no estado do Tocantins com parte da minha família que mora em Palmas, onde também fiz teatro e cinema, além de cursar uma faculdade, estou de volta onde tudo começou. Muito feliz por estar aqui atuando novamente nesta cidade que amo muito com um texto tão forte e muito importante para a sociedade. Contar, no teatro, a história da coragem de Anne Frank é um presente pra mim”, finaliza.

Serviço

A Coragem de Anne Frank

Elenco: Charlene Brito

Local: Teatro Goiânia Ouro

Data: 1º/11 (sexta-feira)

Horário: 20h

Retirar o ingresso na portaria do teatro

Veja quem foi Anne Frank

A holandesa ficou presa por quase dois anos num esconderijo secreto em um campo de concentração nazista na cidade de um Amsterdã. Neste período escreveu o seu hoje conhecido “Diário de Anne Frank”, um dos relatos sobre os campos de concentração nazista.

Qual filme ver

‘Diário de Anne Frank’, 129 min

Dirigido pelo alemão Hans Steinbichler, o filme mostra é baseado no diário da holandesa, que foi assassinada num campo de concentração nazista.

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