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Banda Braza faz show em Goiânia. Confira entrevista exclusiva

Após o fim inesperado do Forfun, Danilo Cutrim, Vitor Isensee e Nicolas Christ surpreenderam a todos ao anunciar um novo projeto: Braza. Logo após o anúncio, o trio presenteou os apreciadores de suas músicas com uma outra novidade, em 17 de março do mesmo ano, a banda divulgou em seu canal do Youtube o primeiro álbum do grupo. Desde então, o grupo que também conta com Pedro Lobo, ex-integrante do grupo paulista Família Gangsters, vem traçando uma trajetória bela com um propósito um tanto quanto diferenciado ao abordar em suas músicas um mix de estilos musicais. Agora, já na turnê de divulgação do terceiro EP, os integrantes aterrizam em Goiânia pela primeira vez desde a criação da banda trazendo um repertório que segundo eles é miscigenado, plural, multiétnico e polifônico.

DM: De onde surgiu o nome Braza?

O nome foi o resultado de muitas elucubrações que buscavam intenções, verbos, adjetivos e cores que pensamos ao projeto. Destas reflexões surgiram as ideias de intensidade, fogo, raíz, vermelho, amarelo, vida… Achamos então que BRAZA englobava isso tudo e ainda apresentava um algo a mais que curtimos também.

DM: Como foi a idealização e a execução da criação da banda?

Foi um processo muito natural, coletivo, de muita pesquisa e de muito trabalho. No processo de idealização foram fundamentais dois grandes amigos. Marcel Gonçalves e Vagner DoNasc. Juntos realizamos diversas reuniões para desenvolvermos a identidade visual e de conceito do projeto. O Vagner inclusive é o responsável por todas as capas dos álbuns, todas as artes de camisas, pela arte de alguns clipes e mais recentemente pelas projeções que fazemos na maioria dos shows.

DM: Como foi a construção do novo EP?

Foi bastante coletiva e prazerosa. A principal diferença no processo com relação aos outros álbuns foi a presença do Kassin. Pela primeira vez no BRAZA tivemos a oportunidade de trabalhar com um produtor musical que nos ajudasse nesse processo, e foi maravilhoso. O Kassin, além de excelente profissional, é uma excelente pessoa.

DM: Quais as influências musicais utilizadas para construção do novo repertório?

Este EP flerta com ritmos africanos (como o Kuduro e o Afrobeat) e fusões de ritmos africanos com ritmos brasileiros (como o Ijexá e o Afoxé), além das influências que já vínhamos trabalhando nos outros 2 albums (reggae e suas vertentes, rap e suas vertentes e elementos eletrônicos).

DM: Até que ponto essa ligação com sons jamaicanos, reggae e rap, por exemplo, ajudam na construção da identidade da banda?

São ritmos dos quais gostamos muito e, por consequência, são muito importantes em nossas pesquisas e nos processos de construção de nossas composições.

DM: Em relação ao primeiro CD, de que modo, o EP Liquidificador apresenta uma evolução do som do Braza?

Acreditamos que tudo e todos estamos vivos em um processo de evolução. Tudo caminha pra frente. Como consequência, acreditamos também que cada novo trabalho representa uma evolução, já que expressa o momento em que estamos vivendo. Mais especificamente com relação à sonoridade, pode-se dizer que o BRAZA, a cada novo trabalho, vai ganhando traços e contornos em sua expressão, o que pouco a pouco faz com que aprofundamos nossa densidade lírica e sonora e que desenvolvamos nossa identidade.

DM: Como vocês definem a identidade da banda após 3 EP's?

Somos um projeto artístico que, através das expressões do áudio/visual, busca enaltecer e celebrar a Vida de forma reflexiva, crítica e otimista. Para tal, julgamos muito importante o estudo e a celebração de nossas raízes como forma de compreender quem somos e onde podemos chegar.

DM: Quais são os temas que mais norteiam vocês no momento da criação de uma nova canção?

A celebração da Vida de forma crítica e reflexiva.

DM: Existe algum tema que vocês têm dificuldade para compor? Quais seriam esses?

O Ser Humano e por consequência a Sociedade, são extremamente complexos e sua natureza é sabidamente de transformações incessantes, o que torna sua leitura bastante complexa. Cada canção que compomos apresenta uma dificuldade que expressa tanto essa natureza complexa inerente aos aspectos psicossociais quanto o carinho que temos por cada palavra escrita e cada nota ou acorde tocados.

DM: Forfun possuía um engajamento social em algumas músicas. Isso ainda norteia vocês quando vão compor uma nova canção?

Acreditamos ser dever e direito de todos a reflexão crítica e a ação construtiva que contribui ao bem comum do Ser Humano e do Planeta/Universo.

DM: Apesar de tanto tempo de estrada, vocês ainda continuam sendo assediados por fãs?

Preferimos nos referir às pessoas que curtem nosso trabalho como amigas e amigos que nos permitem realizar este sonho que é viver daquilo que amamos. Por sorte e também muito trabalho, temos o prazer de volta e meia sermos parados na rua, ou nas nossas plataformas virtuais, para receber um elogio ou até mesmo uma crítica saudável do nosso trabalho.

DM: O que vocês esperam do público goiano?

Esperamos que cantemos, dancemos e celebremos juntos neste show que será tão especial pra gente

DM: Quais são os planos da banda para o próximo ano?

Continuar compondo, registrando essas composições em álbuns ou singles, continuar realizando vídeos para essas composições e continuar viajando e fazendo shows.

DM: Vocês já estão com um novo projeto em mente?

Em breve lançaremos nas principais plataformas de streaming um projeto (EP) que já foi lançado no YouTube chamado BRAZA CoLAB RECords. Na sequência lançaremos mais um clipe deste nosso último EP e depois já está no forno um EP composto juntamente com nossos amigos do Francisco El Hombre.

Show

A banda se apresenta neste domingo (30/09) na Diablo Pub às 19h, o valor dos ingressos varia entre R$25 a R$50 reais. Existe também o ingresso social, para quem doar 1kg de alimento o valor do ingresso é de R$30 reais. Na casa noturna não é permitida a entrada de menores e necessário a apresentação de documento original com foto recente.

(Foto/Divulgação)

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