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Pirenópolis em Chamas há 13 anos

Um dos dias mais traumáticos para a população de Pirenópolis, cidade histórica construida no auge da abundância de ouro no Estado de Goiás, é lembrado com pela tristeza e pela agonia de ver em chamas a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário. O incidente ocorrido em 5 de setembro de 2002, em plena madrugada, destruiu todo o telhado e parte interna do monumento, quase levando-o à total destruição.

Era por volta de duas horas da madrugada quando alguns jovens sem sono avistaram fumaça saindo da direção do sinuoso monumento, cuja arquitetura e tamanho chamam a atenção na paisagem da cidade. Segundo o sitepirenópolis.tur.br, foi necessário arrombar a porta desesperadamente para salvar algumas das imagens. “ [Os jovens] correram ao pároco, este não achando a chave levou-os a arrombarem a porta com machado. Ao entrarem, toda a nave estava enfumaçada e começaram imediatamente a tirar as imagens dos altares”.



 Foi preciso recorrer a um caminhão pipa vindo do corpo de bombeiros de Anápolis, que só chegou à Pirenópolis após algumas horas de fogo, e não pode fazer muita coisa devido à delicadesa e antiguidade da obra. “o fogo já havia espalhado por todo o telhado e feito este cair, pouco puderam fazer. Segundo os bombeiros, não se podia lançar água diretamente no fogo e nas paredes por causa do perigo de choque térmico, que faria desabar”.

 Ninguém soube responder ao certo como o incêndio aconteceu. O então prefeito, Joaquim Flores, declarou que o depósito de velas havia sido o responsável pelo início da tragédia. Havia sido realizada uma vigília até a primeira hora do dia do incidente. Também foram levantadas suspeitas de curto-circuito. “Sabe-se que no local onde provavelmente o fogo começou, o IPHAN havia denunciado algumas irregularidades, como: ligações elétricas clandestinas (gambiarras) com ferro de passar roupa, espiriteira elétrica e aparelhagem de som”, descreve o site já citado.

Restauração

Um processo minucioso de reconstrução foi iniciado em 2003 para recuperar o monumento-símbolo da cidade. Foram mais de três anos de trabalho para que em 30 de março de 2006 a igreja adquirisse novamente seu aspecto de antes do incêncio. O IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) implantou, imediatamente após o incêndio, uma espécie de UTI, para tratar do patrimônio como um doente em estado gravíssimo. Os elementos artísticos também tiveram sua restauração, conduzida sob o princípio de manter a autenticidade das obras.


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