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Zé: cinema e Chá de Gim

A grupo é uma das revelações no cenário independente da Capital, que, em menos de um ano de formação, já conquistou fãs e apreciadores do trabalho, além de ter ganhado, em primeiro lugar, o 4º Festival Juriti de música e poesia encenada. Fizeram, na última sexta-feira (29/05), um show lotado, com quase três mil pessoas dançando ao som da banda, que tocou no Ganjaço.

A Chá de Gim lançou o clipe da música de ouro do grupo, chamada Zé. Um sucesso de criatividade e aceitação. Ver essa história e sonoridade ilustrada em um pequeno filme é como a completação das sensações sinestésicas, necessárias para compor a experiência completa. Produzido pelos alunos do terceiro ano de Cinema e Audiovisual da Universidade Estadual de Goiás, através do coletivo de produção audiovisual Hipnose Filmes, o videoclipe tem 4 minutos e 21 segundos de pura criação.


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Você pode assistir e julgar a produção, que é basicamente uma leitura específica da letra da música em vídeo, pela página no Facebook do grupo ou pelo YouTube, digitando: Zé – Chá de Gim (Videoclipe). No enredo, três histórias diferentes se cruzam em um mesmo eixo, como se fossem três Zés distintos com um mesmo carma. Vale a pena conferir, uma vez que Goiânia não tem o costume de produzir videoclipes constantemente, mesmo com muita gente criativa que toca e que cria imagens na cidade.

O Chá

A banda Chá de Gim é formada por Bruno Brogio (24), Caramuru (22), ambos baixistas e guitarristas, Diego Wander (19), que é o vocalista e o baterista Alexandre (20). O projeto que foi pensado em Itaberaí, juntamente com o poeta Walacy Neto, surgiu ao fim da banda de Diego, a Paradoxo. “Não consigo ficar muito tempo parado, sem estar no palco e cantando, me expressando”, diz o músico. Então, Diego e o primo Caramuru mudaram-se para Goiânia para dividir um apartamento no início de 2014, já com a ideia de levar pra frente o projeto da Chá de Gim.

“A música Zé é um tanto autobiográfica”, conta Diego Wander. “Estava meio down, com várias questões da minha vida e, para expressar isso, escrevi uma poesia, só que ela ficou muito grande, aí o Daniel Ramos e o Walacy Neto, poetas amigos de Itaberaí, estruturaram a letra para ficar pronta e na forma perfeita de cantar”. A canção seria uma autobiografia conjunta daquilo que poderia ter acontecido na vida dos jovens músicos.

Sobre a melodia, Bruno diz como foi o encaixe: “A música já vem com esse negócio do xaxado, mas vem com uma angústia por trás, a angústia do Zé, porque ele é dois ao mesmo tempo. Esse drama vai crescendo e explode, depois volta e começa a balançar aos poucos, de uma forma lerda, até explodir outra vez”.

E foi com essa música que a Chá de Gim venceu o festival Juriti. Para participar do evento, o artista tinha que inscrever uma música autoral e que fosse cantada na língua portuguesa, isso já restringiu várias bandas locais, que tocam um som mais pesado e cantado em inglês. As duas apresentações, no Juriti, foram os maiores shows da banda até o momento, com o maior público. “Lançar uma música na internet e, com três meses, ter mais de quatro mil visualizações no YouTube e no show olhar para baixo e ver o pessoal cantando a letra junto e dançando um baião ou um ritmo diferente. Foi sensacional”, completa o vocalista Diego.


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