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CULTURA

A relação do homem com planeta Terra

Tanto o crescimento demográfico quanto o desenvolvimento científico e tecnológico aplicado ao modelo capitalista focado na ideia de um crescimento cego não integrado a um desenvolvimento verdadeiramente sustentável impactam dramaticamente sobre as fontes de sustentabilidade da biosfera, incluindo a espécie Homo sapiens, produtos de combustão, lixo industrial e doméstico e resíduos radioativos são considerados poluentes quando atingem concentrações que comprometem a qualidade ambiental, o que infelizmente a muito tempo já vem ocorrendo na grande maioria dos ecossistemas planetários.

O modelo de produção capitalista gerou uma realidade socioeconômica que passou a exercer uma brutal pressão sobre os ecossistemas, tanto pela altíssima demanda energética quanto pelo elevado consumo de matérias primas esgotáveis, o resultado decorrente dessa exploração ambiental predatória está diante dos nossos olhos e, em maior ou menor grau, já afeta a todos nós.

Não podemos perder de vista que os recursos naturais incluem seres vivos da fauna, da flora e do microbiota, além de recursos como água, ar e minerais da crosta.

A principal fonte do gás oxigênio provém das algas pertencentes ao plâncton oceânico, entretanto, a contaminação dos oceanos está reduzindo drasticamente o fitoplâncton e por outro lado o consumo de oxigênio atmosférico está cada vez maior em decorrência das demandas industriais.

Estudos da biologia de conservação sinalizam um processo acelerado de aniquilamento de muitas espécies por conta exclusiva das atividades antrópicas. Na verdade, o crescimento sem desenvolvimento sustentável evidencia desordem e alienação, e diante da gravidade da crise ambiental, não existe argumento que justifique o caráter predatório do homem sobre a biosfera, pois todos os conhecimentos ecológicos convergem para a compreensão de que o homem é um ser integrante da teia da vida planetária, sua escala de tempo no planeta é diminuta, quando comparada a escala de tempo da Terra, um biossistema vivo.

Quando o meteoro bateu na atual região do golfo do México no final da era mesozoica, há 65 milhões de anos, uma gigantesca nuvem de poeira rica em silicatos encobriu todo o planeta que ficou na penumbra por quase 4.000 anos, com isso a taxa de fotossíntese ficou bastante reduzida e uma grande variedade de plantas foram extintas comprometendo a oferta de alimento para os dinossauros herbívoros que acabaram sendo extintos juntamente com seus consumidores carnívoros. Estima-se que mais de 70% das espécies da biosfera daquela época tenham sido aniquiladas, entretanto, isso possibilitou a ascensão e irradiação dos mamíferos, abrindo caminho para a chegada da espécie humana, paradoxalmente responsável pela atual extinção em massa em andamento na Terra.

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