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Pelados pedalam por segurança e direito à cidade

A manifestação já tomou conta das principais cidades do mundo e traz à tona a pauta dos ciclistas no universo urbano

Aamanhã, dia 14 de março, as capitais mundiais do Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo vão ser sedes das versões locais da manifestação internacional World Naked Bike Ride (WNBR), conhecida por aqui como Pedalada Pelada.

Nas cidade maravilhosa, a manifestação ocorre pela segunda vez. Na capital paulista, a pedalada protesto já está em sua oitava edição.

O objetivo do protesto é principalmente chamar atenção para a situação de fragilidade e quase invisibilidade do ciclista, tanto por parte dos motoristas quanto pelo poder público. De forma irreverente, para chamar atenção, os esportistas exigem mais respeito e segurança nas ruas, propondo mais ciclofaixas e projetos de incentivos ao ciclismo, como bikes para alugar em pontos estratégicos da cidade.

Várias razões levam as pessoas a participarem da Pedalada Pelada, seja aqui ou lá fora: reivindicar melhores condições para o uso das bicicletas nas cidades, denunciar o descaso e a omissão do poder público, promover a visibilidade dos ciclistas, denunciar as guerras por petróleo, celebrar o corpo e a bicicleta, estimular reflexões sobre a cultura do automóvel, alertar sobre os perigos do aquecimento global e de um mundo mais limpo como um todo.

Nus ou seminus, os manifestantes costumam pintar os corpos com desenhos e frases de efeito, passando cada um sua mensagem, motivações e críticas. Apesar de homens e mulheres de todas as idades participarem da intervenção, não tem um caráter sexual, e sim de naturalização do corpo humano.

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Pelados e nu com a mão no guidão

A nudez representa a fragilidade do ciclista em meio à agressividade do trânsito. Também é uma forma de chamar atenção para a invisibilidade desses participantes ativos das ruas, que só passam a ser notados por muitos motoristas, por parte da imprensa e especialmente pelo poder público ao pedalar sem roupa ou em casos piores, quando ocorre algum acidente.

Tirar a roupa pra protestar não é exatamente uma novidade e nem faz parte só do universo das bicicletas. O uso do corpo nu em protestos é uma forma de se comunicar, inicialmente quebrando padrões morais impostos e proibidos pela sociedade mais conservadora.

Com o objetivo de ser inclusivo, o princípio da Pedalada Pelada é “o quão nu você ousar”. Ou seja: a nudez total não é obrigatória, mas é encorajada ao menos parcialmente. A ideia do movimento é libertar as pessoas, as ruas, o trânsito e a cidade, a começar pela imposição das vestimentas de acordo com o evento social.

Informações: vadebike.org

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