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Como os digitais influencers impactam na nossa saúde mental?

Segundo pesquisa, 57% dos brasileiros afirmam que influenciadores têm grande no psicológico dos internautas

Foto: Reprodução / Internet Foto: Reprodução / Internet

Com o avanço da internet nos últimos anos novas profissões foram surgindo, entre elas, o "digital influencer", que nada mais é do que uma pessoa que produz conteúdo na internet e, é capaz de influenciar a sua base de seguidores a partir do seu comportamento. Mas como essa 'influência' impacta o cotidiano de uma pessoa? Em razão disso, uma pesquisa foi realizada pela Opinion Box em parceria com o canal ‘Histórias de Ter.a.pia’ onde 57% dos brasileiros afirmaram que os influenciadores têm grande impacto na saúde mental das pessoas.

O intuito da pesquisa "Saúde Mental e Bem-Estar" é entender como as pessoas estão cuidando do seu bem-estar psicológico no dia-a-dia, incluindo no meio digital.

Segundo ela, 80% das pessoas concordam que doenças mentais precisam ser levadas a sério. Os números indicam a importância de falar sobre saúde mental e esclarecer temas, que antes eram tabus, mas hoje são essenciais para o bem-estar coletivo e individual.

Nossa equipe entrou em contato com a psicóloga e psicanalista, Luana de Araújo Leão, que falou sobre os riscos que existem em seguir influenciadores que promovem um estilo de vida ‘perfeito’ nas redes sociais.

“Nossa sociedade mudou muito. Antes tínhamos aonde recorrer no quesito de construir a nossa identidade. Hoje estamos sem referência e aí que mora o perigo, pois a depender do estado emocional de quem acompanha certos influenciadores pode se cair numa situação de muita vulnerabilidade’. A psicóloga ainda acrescenta que isso é porta para depressão, ansiedade, suicídio.

Além disso, Luana também comenta sobre como a psicologia pode ajudar na ‘educação’ das pessoas que podem ser influenciadas por criadores de conteúdo na internet.

“A psicologia está aí para ajudar as pessoas a construírem sua autoestima sem depender tanto do outro, convocando aquilo que é de mais singular naquela pessoa. Construir um ego forte sem se tornar egocentrismo é muito importante. Isso faz com que a pessoa consiga separar o que é dela e o que é do outro e como consequência irá viver uma vida mais real, dando valor em quem se é e em suas conquistas”, diz Luana

Por fim, a psicanalista ainda falou sobre quais cuidados tomar ao consumir conteúdo de influenciadores online.

“Precisamos entender que o que é mostrado nas redes sociais nem sempre é verdade. Então fique atento quando “venderem” uma vida que está tão distante da maioria da população, procure conteúdos que vão te ajudar a evoluir como pessoa, não que irão te fazer sentir um fracassado”, completou Luana.

Para recolher os dados da pesquisa, cerca de 2.119 pessoas foram entrevistadas, tendo sua maioria residentes da região Sudeste do país. Segundo análise, as mulheres são as que mais procuram tratamento psicoterapêutico, com 23%, contra 15% de homens.

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