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A importância da valorização do SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela constituição de 1988 e ele garante aos cidadãos brasileiros, desde o simples atendimento para avaliação de pressão arterial, até o transplante de órgãos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), mais de 150 milhões de brasileiros, são dependentes desse sistema.

O maior sistema de saúde pública do mundo é o maior patrimônio dos brasileiros e foi o principal aliado da sociedade no enfrentamento à Covid-19 e a tantas emergências em saúde pública. Se faz presente em praticamente tudo na rotina da população sendo responsável pelas campanhas de vacinação, tratamento de doenças, na vigilância sanitária que fiscaliza açougues e supermercados, nas cirurgias de transplantes, tratamentos oncológicos, nos cuidados de reabilitação, distribuição de remédios e muito mais.

‘’O SUS é para todos, independentemente de ser rico ou pobre, todos nós temos o direito do atendimento pelo SUS. Se você sofre um acidente de carro, quem vai te buscar é o SAMU que é do SUS e vai te levar para onde? Para um Hospital Público de Urgência. Os primeiros atendimentos quem faz é o SUS’’, é o que afirma a Técnica de enfermagem, Kênia Carmo, que atualmente trabalha no Centro Estadual De Reabilitação e Readaptação em Goiânia (CRER)

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde, do IBGE apontam que 8,9 milhões de pessoas permaneceram por 24 horas ou mais em hospitais públicos em 2019, o que equivale a 64,9% das internações do país e os motivos mais citados, cerca de 48,2%, são doenças ou algum tratamento.

Maria Cristina de Oliveira Menezes, de 82 anos, faz tratamento no SUS para tratar sua diabete, hipertensão e hipotireoidismo a cada seis meses e alguns de seus remédios são fornecidos pela farmácia popular e sua filha, Eliane Oliveira, de 42, afirma:

‘’O SUS é bom, tem postos de saúde aqui perto da minha casa, onde consigo marcar todos os exames rápido para a minha mãe e tenho retorno rápido. Semana passada marquei uma consulta para ela, essa semana já consegui consultar. Para nós o SUS não tem sido ruim, tem sido bom e sempre que precisamos conseguimos fazer logo os exames’’, diz ela.

Para se ter uma ideia da importância desse sistema, um estudo feito nos Estados Unidos, pela American Journal of Preventive Medicine (AJPM), aponta que uma pessoa com diabetes tipo 2 pode gastar a partir de 290 mil reais ao longo da vida, no controle da doença. Esse valor muda de acordo com sexo da pessoa. Vale considerar que estes valores foram calculados tendo como base a expectativa de vida média da população dos EUA – que é bem similar àquela dos estados mais desenvolvidos do Brasil.

Destaca-se que o Sistema único de Saúde fornece também tratamentos para outras doenças e o câncer é uma delas. Heloisa Pantoja, de 24 anos, que é paciente oncológica, destaca a importância desse sistema em seu tratamento:

''O SUS é primordial, já que estou desde o diagnostico até agora, (o transplante que irei fazer), tudo sendo através do SUS. Vai fazer um ano do diagnostico, não tem uma data pro fim, já que o tratamento é oncológico e imprevisível. Só sei que mesmo curada, precisarei fazer acompanhamento sempre. E está sendo e provavelmente será tudo pelo SUS.''

Para se ter uma ideia, um estudo do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que considerou gastos com cirurgias oncológicas, radioterapia, quimioterapia e iodoterapia do CD, indicou que o país gastou R$ 3.280,25 bi em 2015. Por esse e outros motivos, é importante valorizar o nosso sistema de Saúde, que apesar de falho, tem sido extremamente necessário na vida dos brasileiros.

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