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Dê amor a quem lhe deu amor!

A lei da vida é essa, nascemos, crescemos, envelhecemos e após cuidar e dar amor aos nossos filhos, o mínimo que esperamos é receber de volta todo aquele cuidado, ou melhor, aquele amor que demos a cada um deles. Infelizmente essa não é a realidade! Não à toa o velho ditado que fala que dez filhos não tratam de um pai, é ainda mais visível nos dias atuais. Mesmo com o estatuto do idoso em vigor, podemos ver cenas de filhos, sobrinhos, netos e até mesmo cuidadores agredindo seus pais ou pacientes, já idosos.

Nos primeiros cinco meses de 2022, a Delegacia do Idoso (DEAI) registrou 450 ocorrências de agressão à idosos. Destes, cerca de 400 passaram a ser inquérito policial conforme as informações divulgadas pela delegacia.

E como se já não houvesse os problemas que vem por conta da idade, alguns desses idosos tem que sofrer com as agressões e com o abandono, daqueles de quem eles apenas esperam afeto. E claro que essa situação pode gerar diversos problemas psicológicos para a pessoa que já se encontra nesta faixa etária de idade.

A Psicóloga Clínica, Soraya Oliveira, afirmou que entre os principais danos aos idosos estão "a depressão, a angústia, uma tristeza profunda, um sentimento de menos valia, o desejo de morte, o alcoolismo, a ansiedade, dores no peito, transtornos alimentares, alterações de humor, da pressão arterial e até mesmo dores psicossomáticas".

Outro detalhe que contribui para que o idoso possa desenvolver esses danos, está na falta de interesse que os mais jovens tem de ouvir as suas histórias. Pelo simples fato deles falarem de coisas do passado, e que por se tornarem repetitivas não são interessante para os mais jovens, segundo a Psicóloga.

Ameaça e medo do abandono

Um dos fatores que faz com que o idoso se submeta aos maus-tratos, é o medo do abandono, por não ter alguém que cuide e proteja ele, por mais que ele se sinta ameaçado, principalmente quando as agressões são praticadas por algum familiar.

Soraya lembra que as casas para idosos e asilos em nosso país são muito precárias e tristes. "Os asilos são deprimentes não acho digno deixar alguém que lutou uma vida morrer só em um asilo, e às vezes abandonado pela própria família".

Para a médica o fato de colocar uma pessoa em uma asilo é algo triste de se ver, e ainda com a possibilidade do interno ser agredido por aqueles que tem a responsabilidade de cuidar dele, mesmo com o estatuto do idoso em vigência. A psicóloga diz que a lei é séria e funciona no nosso país, mas que é preciso as pessoas denunciarem os maus-tratos ao idoso.

Denúncia e medo da velhice

O cuidado nunca é demais, mas, a pergunta que fica é o que fazer para que esse idoso seja capaz de se recuperar desses traumas e evitar que ele seja agredido. De acordo com a Psicóloga, há diversas maneiras de evitar que o idoso seja vítima de agressão e que para ele se recuperar vai depender do seus histórico de superação durante sua vida.

"O que temos que observar primeiro é se esse idoso pessoas que estão ligadas a ele afetivamente, mesmo que sejam vizinhos, que vão auxiliar a protegê-lo; outra forma é denunciar toda a agressão que esse idoso sofre caso tenha conhecimento. E para se recuperar desses danos, vai depender do histórico de enfrentamento e superação deste indivíduo ao longo da sua vida".

Soraya afirma que "é necessário pensar em uma qualidade de vida melhor para os idosos, e fazer disso um projeto em saúde pública, afinal a maioria das pessoas tem pavor da velhice por se sentirem desprotegidas neste momento da vida", finaliza.

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