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Em Goiânia, criança fica sozinha em casa por horas, diz Conselho Tutelar

Uma criança de apenas 6 anos foi resgatada pelo Conselho Tutelar após ficar sozinha em casa por pelo menos 5 horas, o caso aconteceu no setor Pedro Ludovico, em Goiânia. O menino foi acolhido na noite de sexta-feira (19), após uma vizinha denunciar que não havia ninguém em casa com a criança e que ela havia quebrado o vidro da porta para sair. De acordo com a mãe, ela alega que a criança não ficou sozinha por muito tempo.

O Conselho Tutelar chegou à casa por volta das 18h para fazer o resgate da criança. Ele foi levado a um abrigo e foi alimentado. Segundo a conselheira tutelar Rebecca Chaves, a mãe da criança havia saído no dia anterior e deixado a criança aos cuidados do pai.

" Ele estava em uma situação de abandono, completamente negligenciado. De acordo com a própria criança, a mãe já tinha saído no dia anterior, devido a uma discussão, e o pai saiu cedo e não retornou. Ficando a criança sem alimentação, sem nenhum tipo de cuidado básico", disse a conselheira.

"Encontrar uma criança em uma situação tão vulnerável machuca, dói o coração, porque a gente vê uma criança que estava abandonada, completamente vulnerável, a gente consegue visualizar na própria conversa com a criança, que ela é uma criança violada", desabafou a conselheira tutelar.

A mãe da criança chegou em casa por volta das 22h, quatro horas após o Conselho Tutelar. Ela preferiu não gravar entrevista.

O Conselho Tutelar disse que vai fazer uma advertência aos pais e encaminhar o caso à justiça. A conselheira Rebecca acredita que eles podem responder por abandono de incapaz.

"Primeiramente, nós precisamos entender esse contexto familiar, entender o histórico de violação que ele já se encontra. Esses pais precisarão ser advertidos, porque ao que consta não é uma situação que aconteceu agora, é algo já recorrente, já existe um histórico de abandono", disse a conselheira.

De acordo com Rebecca, essa criança deve ficar aos cuidados do abrigo até que seja deferido o retorno ao vínculo familiar ou a continuidade do acolhimento.

" Essa criança que está em acolhimento agora será submetida a um entendimento do judiciário, esses pais passarão por uma tratativa com psicólogos, com assistentes sociais. Como a situação já é recorrente, existe a incidência de violência doméstica, esses pais serão advertidos como medida protetiva, e encaminhados para todos os atendimentos pertinentes ao Estatuto da Criança e do Adolescente", informou.

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