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Executores de advogados, faziam planos com o dinheiro recebido na empreitada

Os suspeitos de serem os responsáveis pela articulação e morte dos dois advogados em Goiânia, faziam planos de reformar e até comprar imóveis, destacou a Polícia Civil (PC-GO), na manhã desta quarta-feira (18). Segundo as investigações, se não fossem presos depois dos homicídios, os suspeitos receberiam do mandante do crime R$ 100 mil, e se fossem encontrados e detidos pela polícia, o valor ergueria para R$ 500 mil.

Para o delegado Rhaniel Almeida, "o Pedro Henrique já tinha comprado alguns materiais de construção e contratado um pedreiro, para reformar a casa que morava em Porto Nacional (TO). Já o Jaberson Gomes [morto em confronto], estaria pesquisando casas na cidade, para poder comprar", confirmou o delegado.

Porém, o delegado informou que os suspeitos foram presos antes de receberem os valores combinados. A polícia conseguiu apurar que eles haviam recebido apenas cerca de R$ 9 mil, para custeio de hospedagem e alimentação em Goiânia, durante o período em que planejaram o crime.

"No primeiro momento Pedro Henrique alegou que o crime se tratava de uma tentativa de roubo, ou seja, teria sido um latrocínio. A gente acredita que ele alegou isso até mesmo na expectativa de um dia receber o dinheiro", assegurou o delegado.

Detenção do suporto mandante e motivação do crime

A PC efetuou a prisão na terça-feira (17), do fazendeiro Nei Castelli, 58 anos, em um posto de combustível na BR- 050, em Catalão, no sudoeste de Goiás. Ele é o suspeito de delegar a morte dos advogados Marcus Aprígio Chaves e Frank Alessandro Carvalhaes.

Ainda segundo informações da polícia, o mandante suspeito é de Correntina, na Bahia e, estava indo para o Paraná, quando foi interceptado em Catalão. Com ele, a polícia localizou 34 mil em espécie. O delegado informou que o fazendeiro não confessou o crime e disse que o dinheiro seria usado para compras. "A gente não consegue definir ainda se estava indo de forma eventual ou tinha descoberto que estava sendo monitorado".

O advogado de defesa do suspeito, Carlos Humberto Filho, esteve na Delegacia de Homicídios na manhã desta quarta(18). A defesa acrescentou que foi contratada pela família do fazendeiro e que aguardava a liberação de acesso ao inquérito, para poder traçar uma estratégia de defesa.

De acordo com o site G1, a PC destacou que o motivo do crime seria disputa por terras em São Domingos, no nordeste de Goiás. Os advogados mortos trabalhavam em processos judiciais contra familiares do fazendeiro Nei Castelli.

"Uma ação milionária envolvendo terras do suspeito, em que as vítimas advogavam contra familiares do fazendeiro. Ainda não conseguimos apurar se este processo teria sido concluído, mas sabemos que os advogados haviam tido algum tipo de êxito", acrescentou Rhaniel Almeida.

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