Home / Cotidiano

COTIDIANO

Desembargadores são criticados em redes sociais após cessarem ação contra padre Robson

Desembargadores que votaram em unanimidade em decisão de interromper a ação que investigava o padre Robson de Oliveira, por suposto desvio de dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), foram o centro de ataques e críticas em comentários nas redes sociais, principalmente o relator Nicomedes Domingos Borges.

As mensagens diziam que a Justiça tinha errado na sentença e que teriam recebido dinheiro. O padre Robson sempre negou irregularidades.

Em nota, a Associação dos Magistrados de Goiás (Amego) repudiou as "manifestações hostis e caluniosas" contra o desembargador. "Qualquer decisão judicial pode ser criticada e questionada", mas o caminho adequado é a via recursal. A Asmego coloca-se a disposição para defender a honra e a liberdade de julgamento de todos os membros do Poder Judiciário local", afirmou a entidade em nota.

Em um comentário, uma mulher diz: "com certeza que ele comprou o juíz. Nesse país tudo se compra". Em outra rede social outros usuários destacaram que "a Justiça é cega" e que "a Justiça é uma vergonha".

Cinco desembargadores decidiram por unanimidade na terça-feira (6), interromper a ação do Ministério Público,que investigava o desvio do dinheiro. O trancamento pode ser determinado quando a Justiça entende que não houve crime que é alvo da investigação, neste caso, organização criminosa, lavagem de capitais e apropriação indébita.

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) pode recorrer para instâncias superiores, mas, se a decisão do trancamento for mantida até o trânsito em julgado - quando não há mais recurso - a ação é arquivada imediatamente. Caso contrário o processo segue seu curso. Enquanto o trancamento estiver vigente, o padre e os demais suspeitos não podem ser investigados em tal processo.

Segundo o site G1, o MP-GO informou que aguarda ser notificado para tomar as medidas adequadas.

Em nota, a Afipe, que foi fundada por padre Robson e era dirigida por ele, declarou que seguirá seu trabalho de "auditoria, reforma administrativa, implantação de governança e demais ações que estão em andamento", na instituição.

Ainda segundo a associação, os devotos têm confiança "na transparência que a atual gestão defende e trabalha".

Em nota, a defesa do padre Robson informou que, com a decisão, " fica reconhecido que não houve qualquer ilicitude praticada pelo religioso, que sempre se dispôs a esclarecer toda e qualquer dúvida sobre a sua atuação na Afipe ou em qualquer outro âmbito de evangelização".

Leia também:

edição
do dia

Capa do dia

últimas
notícias

+ notícias