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Entenda o que signifca a diferença entre cristofobia, perseguição, intolerância e vilipêndio religioso
O termo cristofobia se trata da aversão a Cristo, aos cristãos e ao cristianismo. Relativo a perseguição não há um consenso universal, considerando que cortes, legisladores, e pesquisadores tratam o conceito sob diferentes aspectos
Segundo o Padre Rafhael Maciel, sacerdote eleito pelo Papa como Missionário da Misericórdia, o termo cristofobia se refere à aversão ou ridicularização da pessoa, em razão da sua fé em Jesus Cristo. "A igreja é repleta de mártires, vários santos no passado foram perseguidos porque acreditavam em Cristo. Naqueles primeiros tempos, não chamavamos de cristofobia", esclarece o padre, lembrando que a perseguição contra os cristãos se tornava testemunho de fé.
Porém a ONG Portas abertas mantém um relatório anual com a mundial da perseguição, que define perseguição religiosa como qualquer hostilidade experimentada como resultado da identificação de uma pessoa com Cristo, que pode ser atitudes hostis, palavras e atos contra cristãos.
A perseguição religiosa ocorre quando há por exemplo a perda de direitos ou a ausência da liberdade religiosa garantidos, quando muitas vezes esses cristãos são ameaçados por governos ou grupos extremistas, tendo que deixar suas casas e empregos por medo de agressões físicas, serem presos, torturados ou mortos por acreditarem em Cristo.
Segundo o mapa da perseguição, atualmente mais de 260 milhões de pessoas no mundo enfrentam algum tipo de oposição por conta da sua fé. O número de cristãos com medo de ir à igreja ou não tem uma igreja para onde ir aumenta a cada ano, tendo que escolher entre servir a Deus ou manter a família em segurança.
Muitos cristãos sírios deixaram o país devido à perseguição religiosa expressada em meio à guerra
Existe cristofobia no Brasil?
De acordo com a BBC, no Brasil a cristofobia se manifesta em episódios de preconceito e discriminação contra evangélicos, embora não seja sistêmica a perseguição violenta contra os mesmos.
Segundo o fundador do Portas Abertas, a perseguição religiosa não se refere a casos individuais, mas quando um sistema político ou religioso, restringe ou proibe a prática do cristianismo. Portanto, para ele só é legitimo o uso do termo no caso de comunidades inteiras que enfrentam campanhas de repressão e discriminação como é o caso de muitos países da África e do Oriente Médio.
"Há casos isolados de preconceito, mas, no nosso contexto, não consideramos que exista no Brasil uma perseguição estruturada e sistemática contra cristãos, como em outros países. Nós podemos expressar nossa fé livremente, ninguém é expulso de algum local por ser cristão, nenhuma pessoa morre ou é presa no Brasil por ser cristã", explica Marco Cruz, secretário-geral da Missão Portas Abertas. Segundo essa declaração, não consideramos o Brasil como campo para o ministério específico da Portas Abertas, que é de apoio à Igreja Perseguida.
Quais países sofrem com a cristofobia?
A ONG Portas Abertas investida a situação da Perseguição aos cristãos desde 1970, e hà mais de 25 anos publica a Lista Mundial da Perseguição. Nessa lista os 10 primeiros colocados, estão a Coreia do Norte, que ocupa a primeira posição desde 2002, depois Afeganistão, Somália, Líbia, Paquistão, Eritreia e a Índia. No top 50, Ásia sai na frente como o continete com mais países na Lista e a África fica em segundo lugar, e a América Látina em terceiro, com a Colômbia.
O que é vilipêndio religioso?
No Vietnã, além dos familiares e comunidade, o governo também é uma fonte de perseguição por causa da fé em Jesus
Além da perseguição há também o vilipêndio religioso que é crime e consiste no fato de escarnecer de alguém publicamente por motivo de crença ou função religiosa e ou desrespeitar publicamente ato ou objeto de culto. No Brasil, a pena definida é detenção de um mês ou um ano e multa, caso haja emprego de violência a pena é aumentada em um terço.
