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Casal com coronavírus trocava cartas na UTI

A técnica de enfermagem Ivanilza de Oliveira Marques, de 41 anos, e o esposo Marcelo de Souza Bueno, de 46 anos, estavam internado na UTI com coronavírus em Santos, no litoral de São Paulo. O casal ficou quase duas semanas em UTI e se comunicavam através de cartas. Os dois receberam alta do hospital na manhã desta segunda-feira (13).

Segundo informações da irmã da técnica a contaminação foi uma surpresa para a família.

"Ela tomava todos os cuidados, é muito cautelosa, mas trabalhando na emergência de duas unidades de saúde acabou sendo contaminada. Ela e meu cunhado tiveram os sintomas e precisaram ir direto ao hospital", relata Vanessa. A irmã ainda conta que na UTI os dois precisaram utilizar respiradores, e só podiam conversar por cartas e bilhetes, que eram entregues por profissionais do hospital.

A irmã relata que foi muito difícil ficar longe do casal, principalmente porque não podia conversar por vídeo no período de internação na UTI. Desde o início da pandemia o filho mais novo do casal, de 12 anos, ficava com ela, que mora no Morro da Nova Cintra, enquanto o mais velho, de 23, continuava com os pais. 

"Quando minha irmã foi para o quarto, me ligou e falava da sensação de morte em não conseguir respirar. Meu cunhado emagreceu, ficou muito mal, chegou a ter parte do pulmão comprometida. Sou grupo de risco e não posso nem ficar perto deles. Ver os dois saindo do hospital foi um alívio e uma emoção que não sei explicar", disse emocionada.

O casal ainda está em recuperação e com dificuldades para falar, devido as sequelas da doença. O casal já está em casa e conseguem conversar com a família por vídeo e mensagens. A recuperação, para Vanessa, foi a melhor notícia em meses. "É um milagre. estou feliz, e espero que as pessoas levem a sério esse vírus, que é devastador", diz a irmã.

Cartas no Hospital

Levar bilhetes e cartas era a forma deles ficarem presentes mesmo durante a internação, conta a técnica de enfermagem Flávia Cassitas Simões Canhoto, de 36 anos que acompanhou o casal. "A gente conversava e tentava incentivar que eles ficassem bem", comenta a técnica.

"Combinamos uma festa, falamos do cenário e que ela seria a Mulher Maravilha, ou Miss Covid. Dessa forma a gente alegrava no meio de um momento tenso. Queremos que isso passe para que a gente comemore essa vitória", finaliza Flávia.

Com informações do G1

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