Batizada de “Operação Icarus”, ação da Polícia Civil do Estado de Goiás desarticulou uma quadrilha internacional de tráfico de drogas que levava tóxicos para a Europa.
O trajeto - diz a Polícia Civil - era chamado de “rota caipira”. O governador Ronaldo Caiado acompanhou nesta sexta-feira, 9, a apresentação dos resultados operação.
Participaram da apresentação, além do governador Ronaldo Caiado, o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda; e os deputados estaduais Humberto Teófilo, Bruno Peixoto e Delegado Eduardo Prado - presidente da Comissão de Segurança Pública da Alego.
“É a maior operação da Polícia Civil já feita em toda a história do Estado de Goiás. Tenho que cumprimentar a eficiência, o trabalho, dedicação que têm sido colocadas em prática pelo nosso diretor-geral da Polícia, delegado Odair, em total sintonia com o nosso secretário de Segurança Pública”, disse Caiado.
ROTA CAIPIRA
Conforme os investigadores, as drogas eram trazidas da Bolívia, Colômbia e Peru. Seis pessoas foram detidas e sete estão foragidas.
Em uma das imagens liberadas pela Polícia Civil, uma dupla de supostos traficantes ostenta uma Ferrari em Dubai, point da elite mundial.
De acordo com a Polícia Civil, o Grupo Antissequestro (GAS) realizou a apreensão de 11 carros de luxo, dois jatos executivos (Dassault Falcon e Cessna Citation ) e um helicóptero – Eurocopter EC 130. Quatro máquinas de contar dinheiro, três telefones de comunicação via satélite, 13 relógios de luxo, das marcas Rolex e Hublot, e R$ 571 mil foram apreendidos.
Notas de dólar e euro também foram levadas pela Polícia Civil
Segundo as investigações, as duas aeronaves e o helicóptero pertenciam aos líderes da organização, Denis e Gilberto. Mas não seriam utilizadas para o tráfico de drogas. Na verdade, eram usadas para o lazer dos supostos traficantes.
Conforme os investigadores, já no caso das aeronaves usadas pelo tráfico, elas eram pequenas e modificadas. Adequadas para autonomia de combustível, elas conseguiam fugir da identificação com voos para ficar abaixo dos radares do controle aéreo. A polícia denominou os veículos de "aeronaves fantasmas".
Os detidos gostavam de mostrar suas viagens para Dubai e Ilhas Maldivas. Viviam também em condomínios de alto padrão de luxo.