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Saneago terá que elaborar plano de racionamento após queda do nível do Rio Meia Ponte

Foto:Reprodução


A Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago) terá que elaborar um plano de racionamento de água para a Grande Goiânia, após o Comitê da Bacia do Rio Meia Ponte constatar que a vazão do manancial caiu de 7 mil litros por segundo para 4 mil litros por segundo devido ao período de seca nos últimos dois meses. A decisão foi tomada durante reunião, realizada nesta quinta-feira, 2, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), na capital.

Em entrevista à TV Anhanguera, o presidente do comitê, Fábio Camargo, explica que a decisão de se elaborar o plano visa o planejamento de uma eventual crise hídrica, como ocorreu no ano passado. Ele ressalta que é necessário alertar a população para a importância de se reduzir o consumo.

“Entendo que a população, até para o crescimento dela, tem que saber o que está acontecendo. A população tem que saber o estado do rio, tem que participar, ajudar a economizar, não gastar água à toa, porque isso é sério”, justificou.

Durante a reunião, os conselheiros passaram a tarde discutindo sobre a situação do Rio Meia Ponte, que é responsável pelo abastecimento de cerca de 52% da população que reside da Região Metropolitana de Goiânia. O assessor técnico da Saneago, Edson Filizzola, informou que inicialmente não haverá restrição no uso da água, mas a companhia irá planejar e informar a sociedade sobre a real situação do abastecimento.

Questionado sobre um possível rodízio de abastecimento, Filizzola afirma que atualmente, "a vazão de retirada do manancial é suficiente para suprir a demanda da população" e caso haja necessidade de aplicar a medida, "a população será a primeira a saber disso".

A Saneago informou que o plano de racionamento será elaborado junto à Agência Goiana de Regulação (AGR) e que, além da decisão, o comitê também autorizou a utilização de toda a vazão do rio no ponto de captação. Segundo a companhia, a medida deve amenizar os efeitos da seca, o que para especialistas, pode gerar consequências negativas para a saúde do manancial, uma vez que o nível mínimo deveria ser mantido nos pontos de retirada d'água.

A empresa orienta que a população reduza o consumo e evite o desperdício de água durante o período da seca e que uma campanha educativa será divulgada nesta sexta-feira, 3.

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