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Professor exonerado após prova com conteúdo homofóbico disse que não vê ‘nenhum tipo de preconceito’

Após ser demitido depois da aplicação de uma uma prova com conteúdo homofóbico na Universidade de Rio Verde, o professor de medicina disse que não vê “nenhum tipo de preconceito na questão”. De acordo com seu pronunciamento, a questão foi extraída de um banco de dados da internet, mas foi colocada na prova de maneira errada por sua secretária.

O enunciado da questão dizia que o paciente Davi, de 24 anos, estava com abscesso na nádega "e seu noivo serelepe, ao ver aquele quadro horroroso, ficou tresloucado e furou o abscesso com espinho de limoeiro em um movimento rodopiante de bailarino, imitando um beija-flor".

O professor identificado como Antônio Moraes Filho, relatou por meio de uma mensagem enviada por aplicativo de mensagens, que não é homofóbico. “Sei que poderia ser interpretado como uma brincadeira de muito mau gosto. Todo mundo que me conhece sabe que sou uma pessoa que respeita a todos”, pontuou o médico. A avaliação foi aplicada para os 67 alunos do 5º período de medicina na disciplina de clínica cirúrgica. Após a realização da prova alguns alunos procuraram a reitoria da universidade e denunciaram o conteúdo da questão.

O professor explicou ainda que não foi responsável pela confecção da questão. “Eu selecionei algumas questões de um banco de dados da internet e grifei [a questão] censurando e enviei para minha secretária [...] Infelizmente acreditei no trabalho dela que ela teria entendido que a questão estaria censurada e não chequei [...] e aconteceu todo esse constrangimento”, pontuou. O médico finaliza dizendo que não é preconceituoso, pois tem “amigos homossexuais, pessoas na família, pacientes homossexuais”.

O pró-reitor de Administração e Planejamento da Universidade de Rio Verde, Alberto Barella Netto, informou que as explicações não justificam o erro e na última quarta-feira (27/06) o reitor da instituição, Sebastião Lázaro Pereira, assinou a exoneração do professor. Por meio de nota a UniRV disse que "repudia veemente a atitude do professor e destaca que esse comportamento isolado não reflete o pensamento da instituição".

(Foto/Divulgação)

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