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Caso de crianças esquartejadas em ritual satânico é uma farsa, diz polícia

O caso do suposto ritual satânico que levou a morte de duas crianças, no Rio Grande do Sul, teve uma reviravolta. "O que tínhamos é mentira, uma farsa", disse o delegado Rogério Baggio, que preside o inquérito que apura a morte das crianças encontradas esquartejadas em Novo Hamburgo, em setembro do ano passado.

Segundo o delegado, as investigações foram baseadas apenas nos depoimentos colhidos pela polícia.

"As testemunhas que deram o depoimento mentiram, com riquezas de detalhes, e por isso a investigação seguiu o rumo traçado por essas testemunhas", explicou o delegado durante a entrevista.

Segundo ele, as testemunhas foram coagidas a mentir, em troca, foi oferecido: moradia, alimentação e um valor mensal do Programa Protege, que dá assistência a testemunhas ameaçadas. A pessoa que coagiu essas pessoas foi presa preventivamente na manhã desta quarta-feira (07/02) e confessou o crime.

O nome dessa pessoa não será divulgado, pois segundo o delegado, isso poderia interferir no andamento da investigação já que há mais suspeitos envolvidos na farsa.

As cinco pessoas que estavam presas foram liberadas pela polícia, pois segundo o delegado, elas são inocentes e não tem nenhum envolvimento no assassinato das crianças. No entanto, todos eles serão indiciados por denúncia caluniosa.

"Essa pessoa não tem nenhum interesse pessoal em prejudicar essas pessoas [os suspeitos que estavam presos]. A verdadeira motivação vai ser agora o motivo da investigação", afirmou o delegado.

Segundo Rogério, a investigação retornou à estaca zero. "Temos um homicídio. Mas a investigação voltou ao zero. O que gerou as prisões vai fazer parte de outro inquérito. O que eu digo é que não descarto ritual satânico, é que, como voltei ao zero, não faço a menor ideia do que aconteceu", disse.

A suspeita de que as crianças mortas sejam argentinas também foi descartada, já que essa hipótese foi levantada porque um dos homens presos é argentino. "Elas podem ser daqui, mas sem terem sido registradas", afirma o delegado.

O delegado Moacir Fermino, que assumiu a investigação durante as férias de Rogério Baggio, terá a conduta investigada pela Corregedoria da Polícia Civil, conforme declarou o titular.

Rogério reconheceu que foram cometidos erros, que levaram pessoas inocentes a terem "a vida devastada e serem publicamente condenados".

As informações são do G1.

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