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Uma Goiânia diferente para 2018

Para dar adeus à 2017 e en­trar em 2018 com todas energias renovadas os goia­nienses se preparam para o Ré­veillon, mas não deixam de rea­valiar os principais problemas da cidade. Com críticas e votos por dias melhores, para o novo ano que se inicia, a população pede melhorias em áreas como atendi­mento à saúde, segurança pública e transporte coletivo.

Quando abordado sobre os principais problemas da cidade, o primeiro problema apontado pelo cidadão por ordem de prio­ridade foi o atendimento à saúde com 63,3%, enquanto a segurança pública aparece com 19,4%. O ter­ceiro problema mais votado pela população, em pesquisa realiza­da pela Rádio 730 e Grupom foi o transporte coletivo, com 43,4%.

Para a psicóloga e master coa­ch Mara Suassuna, Goiânia é uma cidade linda, mas é preciso ha­ver mais planejamento em áreas como a infraestrutura urbana. “Goiânia cresceu, mas o planeja­mento urbano parece que foi es­quecido, falta de galerias pluviais, regulamentação e fiscalização por parte do CREA. Moro há mais de 40 anos em Goiânia e vejo o quan­to a cidade tem se desenvolvido, uma pena que esse desenvolvi­mento não siga um planejamen­to e por isso em dias de chuva as­sistimos o espetáculo caótico da falta de infraestrutura”.

Na área da saúde Suassuna pondera que a sociedade conti­nua assistindo as dificuldades enfrentadas pela população que aguarda a morosidade no atendi­mento. Enquanto na área da se­gurança pública ela observa que Goiás assume o 3º lugar em índi­ces de violência contra a mulher. “São estatísticas alarmantes e que demonstram à ausência de inte­resse por parte do poder público de tomar medidas realmente que venham minimizar a violência”.

Mais otimista, o advogado, ex­-controlador geral de Goiânia e ex­-presidente da Comurg, Edilber­to Dias, acredita que em Goiânia a saúde pública foi um gargalo na atual administração com muitas reclamações dos usuários. Mas a segurança pública melhorou com a diminuição dos homicídios e os concursos para polícia.

“A retirada da guarda muni­cipal que faz um importante tra­balho de prevenção ao crime das ruas poderá aumentar esses índi­ces novamente. Sobre a infraes­trutura urbana, essa avançou muito com milhares de estabele­cimentos se adequando a lei de calçadas acessíveis promulgada pelo prefeito Paulo Garcia. Mas as ciclovias precisam de mais in­vestimentos”, avalia.

Menos otimista a funcionária pública Cristina Luiza dos Santos Alfonso observa que embora a exis­tência de decreto desde o final de 2015, que determina a instalação de calçadas acessíveis em Goiânia, a realidade é que está muito longe de ser concretizada essa proposta.

“Os pedestres encontram difi­culdades e obstáculos para acessar até mesmo o prédio do Paço Muni­cipal, sem contar que a maioria das calçadas de Goiânia são irregulares, andando pela cidade observa se fa­cilmente que alguns locais têm, mas logo ao lado não, há falta de padro­nização destas calçadas. Louvável a idéia de calçadas acessíveis e sus­tentáveis, porém falta mais fiscali­zação para que isso ocorra”, adverte.

ANO NEGATIVO

O também funcionário públi­co Mario Ivanio Divino e Silva ava­lia que a gestão do atendimento à saúde, segurança pública e trans­porte coletivo foi negativa em 2017. “Na saúde tivemos péssimo atendi­mento, unidades sucateadas, falta de contingente profissional, falta de incentivos aos profissionais existen­tes, falta de medição, planejamento de péssima qualidade e até inexis­tente, além de coordenadores in­capacitados. A segurança pública ruim, falta contingente e estrutu­ra logística, e um jogo de empurra empurra entre militar, civil, e até a GCM. Enquanto no transporte co­letivo os empresários somente vi­sam lucros, e o povo sendo trans­portados sem o mínimo conforto e segurança”, desabafa.

De acordo com o comandan­te geral da Polícia Militar de Goiás, Divino Alves, 2017 foi um ano ex­tremamente produtivo para a área da segurança. “Se pegarmos como referencial os indicadores de cri­minalidades que são monitorados pela Secretaria de Segurança Públi­ca. Nós monitoramos 12 indicado­res, e esses doze indicadores tiveram redução. A nossa redução no indi­cador de homicídios vaI beirar aí 9 a 10% a redução no ano, é muita re­dução. Agora, com certeza, ainda te­mos muito o que fazer na área de se­gurança pública e vamos fazê-lo no ano de 2018, se Deus quiser”, afirma.

A Goiânia que queremos em 2018

“Em 2018 é um ano muito importante, será o ano das eleições, para que o legislativo esteja do lado do povo. É importante que nós cidadão use nosso poder de mudança e observe os legisladores que realmente estiveram junto com o povo. Como cidadão goianiense espero que a segurança pública seja olhada com carinho. É importante que a educação seja prioridade para o governo e que a saúde seja melhor”

Wadson Arantes, psicólogo

“É necessário melhorar o transporte no aspecto de fornecer outros meios além dos ônibus para a locomoção da população. Meios de transporte eficientes como os metrôs devem ser encarados como uma alternativa para solucionar esse problema que vem sendo alvo de campanhas tanto do governo estadual quanto municipal”,

Luana Diniz Linhares, estudante

“Espero que a atual administração continue as obras de extensão da Marginal Botafogo até a 2ª radial e a recuperação da parte mais antiga do canal. Na saúde esperamos que a administração finalize as obras da maternidade e hospital da mulher da região oeste E até sugiro que seja dado o nome de Prefeito Paulo Garcia pois foi ele que projetou arrumou o financiamento e construiu metade dela”,

Edilberto Dias, advogado

“Espero para 2018 mais investimentos e respeito com o povo, que nossos administradores tenham mais respeito e responsabilidade com o dinheiro do povo. E que possamos ter o minimo de saúde, segurança pública e um transporte digno de uso por este povo sofrido e trabalhador”,

Mario Ivanio, funcionário públicomunicipal

“Ano de 2018 é um ano político, espero que seja um ano novo de verdade, com Novas atitudes por parte dos governantes,com respeito ao dinheiro público,com o exercício diário da cidadania. Como dizia Carlos Drummond de Andrade: “quem faz o ano novo ser novo somos nós” e que assim seja. Cada um de nós com novas atitudes e novas formas de pensar. O povo brasileiro é um povo motivado ,esperançoso: por mais educação, mais saúde,mais respeito ao dinheiro público,menos corrupção e por uma sociedade de paz,assim desejo”,

Mara Suassuna, psicóloga.

“Esperamos que com a conclusão do corredor BRT Norte-Sul, que vai beneficiar 120 mil passageiros por dia, seja melhorada a questão de deslocamento, porém, não podemos esquecer de investir também na segurança do usuário”,

Cristina Luiza Alfonso, funcionária pública

Com certeza ainda temos muito o que fazer a na área de segurança pública e vamos fazê-lo no ano de 2018, se Deus quiser”,

Divino Alves, coronel da PM

“Minha esperança para 2018 é de que a prefeitura não discuta somente sobre o transporte coletivo, mas, sim, sobre a mobilidade urbana da capital. Pensar ônibus dignos e com preço justo da passagem. Conclusão da “BRT- norte-sul”

Paulo Torminn Borges Neto, estudante

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