A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade, em Goiás em 2016, foi estimada em 6,5% (341 mil analfabetos), inferior a taxa Brasil de 7,2% (11,8 milhões de analfabetos), e apresentou relação direta com a idade, aumentando à medida que a idade avançava até atingir 24,3% entre as pessoas de 60 anos ou mais. Esses dados constam de pesquisa do IBGE e divulgados, ontem, por sua unidade de Goiânia, ao Diário da Manhã.
No Estado, a taxa de analfabetismo para os homens de 15 anos ou mais de idade foi 6,8%, e para as mulheres 6,2%. Em todas as faixas os goianos apresentam maiores taxas de analfabetismo do que as goianas. A taxa de analfabetismo em Goiás para as pessoas pretas ou pardas de 15 anos ou mais de idade foi de 7,5% enquanto que para os de 60 anos ou mais foi estimada em 31%, ambas muito superiores as pessoas brancas que para as mesmas faixas etárias apresentaram as seguintes taxas 4,9% e 15,8%, respectivamente.
NÍVEL DE INSTRUÇÃO
Em Goiás, 39,7% da população de 25 anos ou mais de idade estava concentrada nos níveis de instrução até o ensino fundamental completo ou equivalente; 25,7% tinham o ensino médio completo ou equivalente; e 14,2%, o superior completo. Dentre os homens, 42,5% possuíam nível de instrução até o ensino fundamental completo, enquanto entre as mulheres essa proporção foi 36,9%. As mulheres apresentaram proporções maiores que as dos homens para os níveis de instrução mais elevados: 16,3% delas possuíam nível superior completo, enquanto 11,9% deles haviam alcançado esse nível de idade avançava até atingir 24,3% entre as pessoas de 60 anos ou mais,
Considerando a cor ou raça, as diferenças no nível de instrução se mostraram ainda maiores: enquanto 9,2% das pessoas brancas não tinham instrução, 13,1% das pessoas pretas ou pardas estavam nesse grupo. Situação inversa ocorreu no nível superior completo: 19,2% das pessoas brancas o possuíam, ao passo que entre as pretas ou pardas a proporção era de 11,1%.
NÚMERO MÉDIO DE ANOS DE ESTUDO
Em 2016, no Estado, o número médio de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade foi 8,0 anos, ficando igual à média nacional. Esse indicador seguiu o mesmo padrão do nível de instrução, quando feito o recorte por sexo e cor ou raça – para as mulheres e homens, estimou-se o número médio em 8,0 anos de estudo; e, com relação à cor ou raça, mais uma vez a diferença foi considerável, registrando-se 9,0 anos de estudo para as pessoas brancas e 8,0 anos para as pretas ou pardas.
FREQUÊNCIA À ESCOLA OU CRECHE
Em Goiás, 1,8 milhões de pessoas frequentavam escola ou creche. Entre as crianças de 0 a 3 anos a taxa de escolarização foi 21,2%, o equivalente a 76 mil estudantes, e entre as crianças de 4 e 5 anos, faixa correspondente à pré-escola, a taxa foi 85,5%, totalizando 157 mil estudantes. Nos grupos etários de 6 a 14 anos e de 15 a 17 anos a taxa de escolarização alcançou 99,3% e 88,7%, correspondendo a 887 mil e a 296 mil estudantes, respectivamente.
Por fim, 30,8% dos jovens de 18 a 24 anos estavam na escola, o equivalente a 231 mil estudantes, e, entre as pessoas de 25 anos ou mais de idade, a taxa de escolarização foi 4,6%, totalizando 192 mil estudantes. Do total de estudantes no Estado, 68,6% frequentavam escola pública, enquanto 31,4%, escola privada. A frequência à escola ou creche, segundo a rede de ensino, também se diferencia, conforme o curso, independentemente da idade do estudante.
ENSINO MÉDIO
Enquanto nos cursos até o ensino médio a rede pública corresponde a mais de 85,6% dos estudantes, no ensino superior de graduação essa participação se reduz a 25,0%, e na especialização, mestrado e doutorado equivalem a 32,7%.
Além da rede de ensino, também se investigou o turno do curso que o estudante, que poderia ser: somente manhã, somente tarde, somente noite, manhã e tarde, ou outra combinação. Segundo o curso, ocorreram variações nos turnos.
Em Goiás, na creche ou pré-escola, a maior parte frequentava um único turno: 31,1%, somente de manhã; 43,6%, somente à tarde; e 23,8% estudava no turno da manhã e da tarde. O ensino fundamental apresentou comportamento semelhante, mas com a frequência de turno único mais elevada: 50,2%, somente de manhã; 42,3%, só à tarde; e apenas 5,4% no turno manhã e tarde. No ensino médio, 93,4% dos estudantes fazia turno único: 56,4%, somente de manhã; 12%, só à tarde; e 25,0%, somente à noite.
No ensino superior, 85,8% dos estudantes tinham turno único: 24,5%, somente de manhã ou à tarde; 61,3%, somente à noite; e 9,6%, de manhã e à tarde. Pessoas de 0 a 5 anos de idade Goiás no ano de 2016, alcançou a taxa de escolarização de 21,2% nos estudantes de 0 a 3 anos, enquanto que na faixa de 4 e 5 anos a taxa chegou a 85,5%.
BRANCOS E NEGROS
Segundo a cor ou raça, verificou-se que a taxa de escolarização das pessoas brancas de 0 a 3 anos (20,5%) foi menor do que a observada entre as pessoas pretas ou pardas (21,9%). Para as crianças de 4 e 5 anos de idade, a taxa de escolarização das pessoas brancas (85,3%) foi menor do que a observada entre as pessoas pretas ou pardas (85,5%).
No Estado, 68,1% dos estudantes de 0 a 3 anos de idade estavam na rede pública, e 31,9%, na rede privada, enquanto que para estudantes de 4 e 5 anos, 66,5% estavam na rede pública e 33,5% na rede privada. Pessoas de 6 a 14 anos de idade A taxa de escolarização para as pessoas de 6 a 14 anos de idade em Goiás foi 99,3%, o equivalente a um contingente de 877 mil estudantes no sistema de ensino brasileiro, independentemente da etapa cursada. Nessa faixa etária, a taxa de escolarização foi maior entre as mulheres (99,6%) do que entre os homens (99,0%). A taxa para as pessoas brancas mostrou-se maior do que as pessoas pretas ou pardas, 99,6% contra 99,1% respectivamente.
MONITORAMENTO
Para monitorar a adequação entre a idade e a etapa de ensino frequentado, no entanto, utiliza-se a taxa ajustada de frequência escolar líquida. Em 2016 no Estado, 95,6% das pessoas de 6 a 14 anos estavam frequentando o ensino fundamental. Na etapa inicial, que idealmente deve ser cursada de 6 a 10 anos de idade, a taxa ajustada de frequência escolar líquida ao ensino fundamental foi 94,5% para os homens e 92,3% para as mulheres.
Na etapa final, idealmente estabelecida para o grupo de 11 a 14 anos de idade, essa taxa foi 88,7% para os homens e 92,4% para as mulheres. Portanto, 6,6% das pessoas de 6 a 10 anos e 9,5% das pessoas de 11 a 14 anos de idade estavam atrasadas em relação à etapa de ensino que deveriam frequentar, seja por reprovação, seja por evasão.
PESSOAS DE 15 A 17 ANOS DE IDADE
A taxa de escolarização das pessoas de 15 a 17 anos, em Goiás, foi 88,7%, o equivalente a 296 mil estudantes. Segundo a cor ou raça, observa-se que a taxa de escolarização das pessoas brancas de 15 a 17 anos de idade (88,2%) foi inferior à das pessoas pretas ou pardas desse grupo etário (88,8%).
Segundo o sexo, verifica-se que a taxa de escolarização entre homens (89,5%) foi superior ao das mulheres (87,8%). Para o grupo etário de 15 a 17 anos, o ideal seria frequentar o ensino médio, porém, no Estado, apenas 69,8% estavam na idade/ série adequada. Entre as mulheres dessa faixa etária, a taxa ajustada de frequência escolar líquida ao ensino médio (75,1%) foi maior do que a observada entre os homens (64,5%).
Entre as pessoas brancas, essa taxa foi 77,6%, enquanto para as pessoas pretas ou pardas, 66,2%. Pessoas de 18 a 24 anos de idade As pessoas de 18 a 24 de idade, quando prosseguem seu histórico escolar sem atrasos, normalmente já poderiam frequentar pelo menos o ensino superior de graduação.
A taxa de escolarização desse grupo, em Goiás, foi de 30,8%, independentemente do curso que frequentavam o equivalente a 231 mil estudantes. Segundo a cor ou raça, observa-se que a taxa de escolarização das pessoas brancas (34,7%) foi superior à das pessoas pretas ou pardas (28,8%). Adicionalmente, no grupo de pessoas de 18 a 24 anos observou-se que a taxa de escolarização entre os homens (31,6%) foi menor do que a das mulheres (34,1%).
GRANDES REGIÕES
Isso ocorreu em todas as Grandes Regiões, exceto na Região Norte, onde os percentuais ficaram bem próximos (diferença de 0,3 p.p.). Ao avaliar a taxa ajustada de frequência escolar líquida ao ensino superior em Goiás, nota-se que apenas 26,8% das pessoas de 18 a 24 se encontravam nessa etapa. Para as mulheres essa taxa chegou a 31,1%, enquanto para os homens foi 22,6%.
Entre as pessoas brancas a taxa foi 35,3%, bem superior à registrada entre as pessoas pretas ou pardas (22,4%). Alfabetização de Jovens e Adultos (AJA) e Educação de Jovens e Adultos (EJA) Tanto a Alfabetização como a Educação de Jovens e Adultos são cursos voltados para as pessoas que não tiveram acesso ou continuidade de estudo no ensino fundamental e no médio em idade apropriada. Em Goiás no ano de 2016, esse contingente correspondeu a 34 mil pessoas.
Anteriormente mostrou-se que, no ensino fundamental regular, a rede pública era predominante entre os estudantes goianos, sendo frequentada por 81,6% deles, enquanto apenas 18,4% estavam na rede privada. Ao adicionar a esse contingente os estudantes das modalidades AJA e EJA do ensino fundamental, a distribuição dos alunos entre as redes públicas e privadas fica semelhante, com 81,9% e 18,1%, respectivamente.
ENSINO MÉDIO REGULAR
No que diz respeito ao ensino médio regular, observou-se característica similar: 85,6% dos estudantes estavam na rede pública, e 14,4%, na rede privada. Incluindo a esse conjunto os estudantes do EJA do ensino médio, a distribuição dos alunos também fica semelhante, com 85,8% e 14,2%, respectivamente. Pessoas de 14 a 29 anos de idade, segundo a condição de estudo e a situação na ocupação
Em Goiás no ano de 2016, havia 1,7 milhão de pessoas de 14 a 29 anos de idade, cujas distribuições por condição de estudo (estudando ou não estudando) e situação na ocupação na semana de referência (ocupada ou não ocupada) são analisadas a seguir. Para a condição de estudo, considera-se um conceito amplo, que inclui desde as frequências à escola a cursos pré-vestibular, técnico de nível médio ou de qualificação profissional.
Do total de pessoas desse grupo etário em Goiás, 14,3% estava ocupada e estudava, isto é, frequentava escola ou cursos pré-vestibular, técnico de nível médio ou de qualificação profissional; 19,0% estava não ocupada e não estudava; 30,3% estava não ocupada, mas estudava; e 36,3% estava ocupada e não estudava.
ANÁLISE SEGUNDO O SEXO
Na análise segundo o sexo, em Goiás observa-se que as mulheres apresentaram maior proporção de pessoas que estavam não ocupadas e estudavam (32,6%) do que os homens (28,1%). A concomitância entre ocupação e estudo apresentou menor diferença entre os sexos, com proporções de 15,8% para os homens e 12,9% para as mulheres.
As maiores diferenças entre os sexos foram encontradas em dois grupos: pessoas que estavam não ocupadas e não estudavam, com 11,5% para os homens e 26,5% para as mulheres; e pessoas que estavam ocupadas e não estudavam, com 44,7% para os homens e 28,0% para as mulheres.
As proporções de pessoas brancas e pessoas pretas ou pardas que não estavam ocupadas no Estado, mas estudavam, foram superior no primeiro grupo (32,0% e 29,5%, respectivamente). No que diz respeito à cor ou raça, a maior diferença entre os grupos foi estimada para as pessoas que estavam não ocupadas e não estudavam: 15,6% para as pessoas brancas e 20,8% para as pretas ou pardas.
GRUPOS POR IDADES
Também foram estimadas diferenças por grupos de idade. Goiás apresentou entre as pessoas mais novas, de 14 a 17 anos de idade, que ainda estavam em idade escolar, 80,0% estava dedicada unicamente ao estudo, enquanto 5,6% estava não ocupada e não estudava. No grupo intermediário, das pessoas de 18 a 24 anos, a maior parte (39,9%) estava ocupada e não estudava, e 24,0% estava não ocupada e não estudava.
No grupo mais velho, das pessoas de 25 a 29 anos, 59,8% estava ocupada e não estudava, e 23,1% estava não ocupada e não estudava. Educação Profissional – Graduação tecnológica Em 2016, entre os 278 mil estudantes do ensino superior de graduação em Goiás, 26 mil frequentavam cursos tecnológicos, o que corresponde a 9,2% do total de estudantes do ensino superior. Essa modalidade de educação profissional era mais comum entre as mulheres (9,5%) do que entre os homens (8,9%) e maior entre pessoas brancas (9,7%) do que entre as pessoas pretas ou pardas (9,0%).
SUPERIOR OU TÉCNICO
Em Goiás no ano de 2016, das 596 mil pessoas cujo curso mais elevado anteriormente frequentado foi o superior de graduação, 7,4% (44 mil pessoas) receberam a graduação tecnológica. O total de homens que participaram de cursos dessa modalidade (23 mil) era superior ao de mulheres que frequentaram tais cursos (21 mil), mesmo estas sendo maioria entre as pessoas cujo curso mais elevado anteriormente fora o superior de graduação. Dessa forma, observa-se que 6,0% das mulheres e 9,4% dos homens receberam anteriormente a graduação tecnológica.
Em termos de cor ou raça, as pessoas brancas estavam mais presentes na formação tecnológica do que as pessoas pretas ou pardas (7,9% e 7,0%, respectivamente).
TÉCNICO DE NÍVEL MÉDIO
Em Goiás no ano de 2016, 1,7 milhão de pessoas estavam aptas a frequentar um curso técnico de nível médio – eram estudantes do ensino médio (regular ou EJA) ou haviam concluído esse nível (ou equivalente) sem ter alcançado o ensino superior completo. Desse total, 3,8% estava participando curso técnico de nível médio.
A frequência a cursos técnicos de nível médio em Goiás era maior entre as mulheres (38 mil) do que entre os homens (27 mil), e maior entre as pessoas pretas ou pardas (41 mil), do que entre as pessoas brancas (24 mil). Em relação à forma de realização do curso, observa-se que 67,2% dos estudantes o cursavam na forma subsequente ao ensino médio, ou seja, já detinham o diploma de ensino médio equivalente, enquanto 32,8% o frequentavam na forma articulada com o ensino médio (integrada ao curso ou concomitante a este), sendo a maioria de estudantes do ensino médio.
Em 2016, no Estado, 180 mil pessoas haviam participado anteriormente curso técnico de nível médio. Essas pessoas não chegaram a concluir o ensino superior nem estavam frequentando curso técnico em 2016. Entre essas pessoas, 78 mil eram homens e 101 mil, mulheres.
Percentualmente, a participação anterior das mulheres nos cursos técnicos de nível médio se mostrou superior à dos homens, 9,8% contra 8,5%. Entre as pessoas que haviam anteriormente frequentado curso técnico de nível médio, 64,6% o fizeram na forma subsequente, ou seja, um investimento em educação profissional após a conclusão do ensino médio (ou equivalente), e 35,4%, na forma articulada a essa etapa do ensino básico. No entanto, 11,5% das pessoas não concluíram o curso técnico que frequentaram em Goiás.
QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
Em Goiás no ano de 2016, entre as 2,4 milhões de pessoas de 14 anos ou mais de idade que estudavam no AJA ou no ensino fundamental (regular ou EJA) e aquelas que estiveram no máximo o ensino fundamental (ou equivalente), 1,1% estava em curso de qualificação profissional, o que equivale a 26 mil pessoas.
Entre os 2,0 milhões de pessoas que estudavam no ensino médio (regular ou EJA) e aquelas que anteriormente frequentaram o ensino médio (ou equivalente) ou o superior sem o completar em Goiás, ou seja, que possuíam o pré-requisito para o curso técnico de nível médio, 2,9% estudava curso de qualificação profissional, e 3,2%, curso técnico de nível médio.
Em Goiás, 712 mil pessoas de 14 anos ou mais de idade já haviam frequentado algum curso de qualificação profissional, correspondendo a 15,2% das pessoas com nível de instrução até o ensino médio completo (ou equivalente) e aquelas com o ensino superior incompleto que não concluíram curso técnico de nível médio.
Desse contingente, 93,9% concluiu o curso. Os homens apresentaram maior participação do que as mulheres nessa modalidade de educação (16,2% e 14,2%, respectivamente).