Taxa de homicídio de pessoas negras cresceu 18%, aponta ONU

No Brasil, 7 em cada 10 pessoas mortas no Brasil são negras, aponta pesquisa feita pela Organização das Nações Unidas (ONU). A divulgação da pesquisa veio em um momento em que a população brasileira esta vivenciando o episódio em que um jornalista de uma das maiores emissoras de televisão brasileira expressa sua opinião racista em um vídeo veiculado no início da última semana nas redes sociais. "É preto, né? Sabe o que é isso? Coisa de preto.” Essas palavras ditas pelo apresentador do Jornal O Globo, William Waack, gerou uma grande discussão entorno do racismo no Brasil. O vídeo que foi veiculado no início da última semana nas redes sociais, ganhou grandes proporções devido a mobilização crescente do movimento negro e a propagação das ofensas através da internet. Após este episódio, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou a campanha "Vidas Negras", que luta pelo fim da violência contra os jovens negros no país, no último dia 7 de novembro. Segundo a ONU, o racismo e sua prática é um dos principais motivos de violência e morte da população negra brasileira. Ainda segundo a ONU, os negros têm 12 vezes mais chance de serem assassinados do que os não negros. A campanha "Vidas Negras" tem como objetivo sensibilizar a sociedade, os gestores públicos e os movimentos sociais sobre a importância de políticas de prevenção e enfrentamento da discriminação racial. Além disso, na faixa etária de 15 a 29 anos, são cinco pessoas morrem a cada duas horas. De 2005 a 2015, enquanto a taxa de homicídios por 100 mil habitantes teve queda de 12% entre os não negros, para os negros houve aumento de 18%. A campanha ainda conta com a participação de vários artistas como: Érico Brás, Taís Araújo, Kenia Maria, Elisa Lucinda e o Dream Team do Passinho. No vídeo veiculado no site da campanha a atriz global Taís Araújo ainda ressalta. "Chegou a hora de acabar com o racismo que mata milhares de jovens negros todos os anos!"

Confira o vídeo: