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O jovem José Humberto Pires de Campos Filho, de 22 anos, que sofre de problemas renais se recusa a realizar o tratamento de hemodiálise. Por isso a mãe, Edina Maria Alves Borges, entrou na justiça e pediu para que ele fosse obrigado a comparecer às sessões.
"Eu fico triste, decepcionada. Estou cansada de tanto tentar achar uma solução, alguma resposta, e ver ele morrendo cada vez um pouco mais", desabafou a mãe.
O juiz decidiu apenas que a mãe será sua curadora e responsável por cuidar dessa situação. No entanto o magistrado ordenou que o jovem não poder ser coagido fisicamente ou até mesmo ser sedado para realizar o tratamento.
A mãe teme que essa decisão não melhore a situação de fato, já que o filho se nega a realizar o tratamento, mesmo com muita insistência de sua parte.
Para que a decisão fosse tomada, o juiz ordenou que o jovem passasse por uma avaliação psicológica na Junta Médica do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO). Para saber se ele tinha ou não condições de tomar uma decisão tão importante em sua vida.
Segundo o laudo "o paciente possui capacidade de discernimento prejudicada" e por isso o juiz decidiu que o jovem "encontra-se diante de uma decisão importante que envolve risco de morte e, diante do verificado, não está em condições de tomá-la na plenitude e complexidade que a situação requer".
O médico também explicou que não permitiu a coerção porque a capacidade de decisão do jovem não está severamente afetada. "Ela [a mãe] terá que usa outros mecanismos para cumprir a decisão. Não me vi na condição de determina coerção. A falta de discernimento dele é muito pequena. Ele é praticamente consciente na plenitude de sua vontade, exceto por alguns detalhes."
As informações são do G1.
