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Homem ganha mais que mulher em Goiás

Em 2016, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Con­tínua (Pnad Contínua), havia no mercado de trabalho goiano 3,1 mi­lhões de pessoas ocupadas com 14 anos ou mais de idade. Mais da metade da população goiana em idade de trabalhar era formado por mulheres, entretanto, os homens representavam 58,5% da parcela da população que trabalhava. O levantamento foi feito pelo IBGE e distribuído em Goiânia, ontem, pela Supervisão de Documenta­ção e Disseminação de Informação, vinculada à autarquia.

Segundo a pesquisa, o rendi­mento médio mensal real efe­tivamente recebido de todos os trabalhos, dos 3,1 milhões de tra­balhadores de Goiás, com 14 anos ou mais de idade, resultou em uma massa mensal de rendimento de aproximadamente R$ 6,0 bilhões e um rendimento médio de R$ 1.943, inferior ao rendimento médio na­cional que foi de R$ 2.149.

Entre os homens goianos, re­gistrou-se a média de R$ 2.152, en­quanto para as mulheres goianas o rendimento médio foi de R$ 1.648, o que representava 76,5% do rendi­mento deles, deixando Goiás abai­xo da proporção nacional (77,1%) e como o oitavo estado com a maior diferença de rendimentos entre ho­mens e mulheres.

Em 2016, havia 205,5 milhões de pessoas residentes no Brasil, sendo 6,7 milhões de pessoas em Goiás (3,3% da população brasileira). Des­se total, 4,1 milhões (61,1% da po­pulação residente no Estado) pos­suíam algum tipo de rendimento.

DISTRIBUIÇÃO

Em 2016, as pessoas que pos­suíam rendimento de todos os tra­balhos1 correspondiam a 45,7% da população residente em Goiás (3,1 milhões), enquanto 20,4% (1,4 mi­lhão) da população residente goia­na possuíam algum rendimento proveniente de outras fontes. No Brasil, o hiato entre o percentual de pessoas que recebiam rendimen­to de todos os trabalhos e daquelas que recebiam rendimento prove­niente de outras fontes foi de 18,4 pontos percentuais. Essa diferen­ça em Goiás foi maior, com 25,3%.

Destaca-se que, dentre os rendi­mentos de outras fontes, o mais freqüente na população brasi­leira era aquele proveniente de aposentadoria ou pensão. Em Goiás, no ano de 2016, 11,4% da população recebia aposentado­ria ou pensão; 2,2% pensão ali­mentícia, doação ou mesada de não morador; 2,2%, aluguel e arrendamento; enquanto 5,8% recebiam outros rendimentos, categoria que inclui seguro-de­semprego, programas de transfe­rência de renda do governo, ren­dimentos de poupança etc.

RENDIMENTO MÉDIO

Em 2016, as pessoas que decla­raram possuir algum rendimen­to recebiam, em média, R$ 2 053 no Brasil e R$ 1.877 em Goiás. Já o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos apresen­tou o valor de R$ 2.193 em 2016 no Brasil, enquanto neste Esta­do apresentou R$ 1.963. Por fim o rendimento médio mensal real proveniente de outras fontes foi de R$ 1.305, no Brasil, e R$ 1.214 em território goiano, no ano de 2016.

Em Goiás, dentre todas as cate­gorias que compõem o rendimento proveniente de outras fontes, o item aluguel e arrendamento foi o mais elevado com R$ 1.479, enquanto aposentadoria e pensão foi de R$ 1.466. Os rendimentos provenien­tes de pensão alimentícia, doação e mesada de não morador totaliza­vam, em média, R$ 540.

CARACTERÍSTICAS

Em 2016, no Estado a popu­lação branca representava 35,7% da população ocupada, enquan­to a população parda, 56% e preta 7,5%. O rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pes­soas brancas em Goiás (R$ 2.469) era maior que os rendimentos ob­servados para as pessoas pardas (R$ 1.656) e pretas (R$ 1.557). As pessoas brancas apresentaram rendimentos 27,0% superiores à média goiana (R$ 1.943), enquan­to pardas e pretas receberam ren­dimentos 14,7% e 19,8%, respecti­vamente, inferiores a essa média.

Em relação à escolaridade, a par­ticipação das pessoas com, no míni­mo, o ensino médio completo foi de 52,9% dos ocupados. Entre aqueles que não possuíam o ensino funda­mental completo ou equivalente, a participação foi de 30,1% dos ocu­pados. O nível de instrução foi um indicador importante na determi­nação do rendimento médio men­sal real de todos os trabalhos, apre­sentando uma relação positiva, ou seja: quanto maior o nível de instru­ção alcançado, maior o rendimento.

As pessoas, em Goiás, que não possuíam instrução ou tinham me­nos de um ano de estudo, apresen­taram o menor rendimento médio (R$ 1.061). Por outro lado, o rendi­mento das pessoas com ensino fun­damental completo ou equivalen­te, foi 35,7% maior, chegando a R$ 1.440. Por fim, aqueles que tinham ensino superior completo registra­ram rendimento médio de R$3.823.

Ao observar a estratificação em classes de percentual das pessoas em ordem crescente de rendimen­to, percebe-se que, em 2016, a meta­de dos trabalhadores com menores rendimentos receberam, em mé­dia, R$ 843 em Goiás. Outra forma de analisar a concentração de ren­dimento na população se dá pela observação da distribuição das pes­soas por classes de rendimento.

Por meio desse indicador, iden­tificou-se que, em 2016, as pessoas que estavam no último percentil de rendimento, ou seja, aquelas que faziam parte do 1% da popu­lação com rendimentos mais ele­vados (cujo rendimento médio mensal real era R$ 17.842), rece­biam, em média, 21,6 vezes o ren­dimento da metade da popula­ção com os menores rendimentos (cujo rendimento médio mensal real era R$ 843) no Estado.

ÍNDICE DE GINI

Em 2016, o índice de Gini do rendimento médio mensal real efe­tivamente recebido de todos os tra­balhos em Goiás foi de 0,441, abai­xo do nacional (0,525).

A massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita alcançou R$ 7,6 bilhões em Goiás no ano de 2016. A parcela dos 10% com os menores rendimentos da população detinha 1,3% da mas­sa, vis-à-vis 37,2% dos 10% com os maiores rendimentos.

RENDIMENTO DOMICILIAR

O rendimento médio real domi­ciliar per capita foi de R$ 1.147 em Goiás no ano de 2016, e o índice de Gini do rendimento médio men­sal real domiciliar per capita foi es­timado em 0,474, menor do que o nacional (0,549). Em Goiás no ano de 2016, o rendimento de todos os trabalhos compunha, aproximada­mente, 78,4% do rendimento mé­dio mensal real domiciliar per ca­pita efetivamente recebido.

Os 21,6% provenientes de outras fontes se dividem em rendimentos de aposentadoria ou pensão; alu­guel e arrendamento; pensão ali­mentícia, doação e mesada de não morador; e outros rendimentos.

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