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Só a agricultura salva Goiás na economia

A agropecuária foi, mais uma vez, a “salvação da lavoura”, ou seja, das demais atividades econômicas, como indústria, comércio e prestação de serviços. Observe-se, no entanto, que o comércio varejista sofreu ligeira melhora. Mas, foram os grãos, liderados pela soja e o milho e até a banana, que responderam juntos por um valor de produção de aproximadamente 23,3 bilhões de reais em 2016. Os dados nesse sentido constam de pesquisa da unidade estadual do IBGE em Goiás e são apresentados ao público através do Diário da Manhã.

No ano de 2016, a indústria goiana teve uma queda significativa em relação aos anos de 2015 e 2014, apresentando a pior variação acumulada no ano de toda a série da Pesquisa Industrial Mensal–Produção Física (PIMPF), desde 2003. Os setores que mais sofreram queda no ano 2016 foram da indústria de veículos automotores, reboques e carrocerias (-39,7%) e de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-33,0%). Entretanto, nem todos os setores apresentaram queda na variação acumulada para o ano de 2016: a indústria de produtos farmoquímicos e farmacêuticos avançou 10,7% e a de outros produtos químicos avançou 7,6%. A produção industrial brasileira também caiu em 2016 (-6,6), só que menos do que em 2015, quando o recuo foi de 8,3% (a pior variação acumulada da séria para o país com um todo).

Serviços

No caso do setor de serviços, o mesmo teve queda pelo segundo ano consecutivo em Goiás em 2016. Naquele ano, os serviços prestados à população goiana apresentaram a maior queda (-8,9%) de toda a série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços–PMS, iniciada em 2012. Tal queda superou a média nacional (-5,0) e a última variação positiva do setor de serviços em Goiás foi observada no ano de 2014. As atividades que mais contribuíram para este movimento foram Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-13,7%) e Serviços profissionais, administrativos e complementares (-9,2%). A atividade que compreende os Serviços prestados às famílias foi à única que teve avanço na variação acumulada no ano de 2016, 1,4%.

Por outro lado, o comércio varejista de Goiás apresentou, no ano de 2016, uma pequena melhora em relação ao ano de 2015, que apresentou o pior índice desta modalidade para toda a série histórica da PMC. Em 2016, a queda foi de 9,3% em relação a 2015, que, por sua vez, teve recuo de 10,2% na comparação com 2014. O comércio varejista de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos foi o setor que apresentou o melhor resultado para o ano de 2016 (-4,3%), sendo a menor variação negativa dentre todos os segmentos do comércio, enquanto o comércio de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação sofreu a maior queda (-40,5%). Já em relação ao Brasil, a variação acumulada no ano de 2016 para o volume de vendas do comércio varejista representou o pior valor de toda a série histórica da pesquisa (2001).

Agricultura

De acordo com o LSPA (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola), os principais produtos produzidos no estado, segundo o valor da produção em 2016, foram Soja, Cana-de-açúcar, Milho em grão, Feijão de cor, Tomate rasteiro, Algodão herbáceo, Alho, Batata inglesa, Sorgo em Grão e Banana. Estes dez produtos responderam juntos por um valor de produção de aproximadamente 23,3 bilhões de reais em 2016.

O ano de 2016 foi um ano propício para a soja em Goiás, que recuperou seu rendimento médio após dois anos seguidos de baixos rendimentos ocasionados por veranicos no mês de janeiro. Já a produção de milho no estado não obteve o mesmo sucesso por conta da segunda safra, que teve perdas de grandes áreas e o baixo rendimento por conta da antecipação do período de estiagem no estado. Porém, o preço da saca de milho atingiu valores compensadores para os que conseguiram colher, mesmo com baixo rendimento. Enquanto o preço médio pago ao produtor pelo milho foi de R$ 39,50 por saca em 2016, de acordo com o LSPA de dezembro de 2016, em 2015 o valor médio foi de R$ 20,90 por saca. Outras culturas de segunda safra como o Algodão e o Sorgo também sofreram queda no rendimento devido ao início antecipado da estiagem.

Inflação

Após o ano de 2015 com altas de preço acima dos 10%, o IPCA de 2016 registrou menor variação em 2016. A inflação na capital goiana ficou em 5,25% no ano, abaixo da nacional que registrou alta de 6,29%. O menor índice foi para o grupo habitação (-0,92%) e o maior para o grupo Saúde e Cuidados Pessoais (10,16%). Um dos vilões da inflação em 2015, o grupo de Alimentação e Bebidas, obteve alta de preços de 7,46% no ano de 2016 em Goiânia, ficando acima do índice geral registrado na capital. É o que mostra o IPCA no Brasil e em Goiânia desde o ano de 2012, além do IPCA em Goiânia para os grupos de Alimentação e Bebidas, Habitação e Saúde e Cuidados Pessoais.

Emprego

Em 2016, o desemprego atingiu os maiores níveis registrados pela PNAD-Contínua desde o seu início em 2012, tanto no Brasil quanto em Goiás. Em Goiás, a taxa de desemprego atingiu 11,2% no último trimestre de 2016, um aumento de 6,3 pontos percentuais na comparação com o 4º trimestre de 2012. A taxa para o Brasil também bateu seu recorde, atingido 12,0% no último trimestre de 2016. Já na capital goianiense, a taxa de desemprego foi um pouco menor, mas também atingiu seu recorde e chegou a 7,3%, um acréscimo de 4,5 pontos percentuais em relação a 2012.

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