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Maternidade Dona Iris suspende serviços ambulatoriais por tempo indeterminado

Foto:Divulgação/Prefeitura de Goiânia/SMS


O Hospital e Maternidade Dona Iris decidiu suspender por tempo indeterminado, a partir desta segunda-feira, 13, consultas, exames, cirurgias e todos os atendimentos ambulatoriais em Goiânia. O diretor da unidade, o médico Maurício Viggiano, explica que os serviços foram paralisados devido à falta de recursos para comprar medicamentos e produtos para a realização dos procedimentos. Ele diz que teme que os serviços de emergência que ainda estão funcionando também sejam comprometidos.

Viggiano ressalta que o hospital já está com os dias contados de alimentos, além de produtos de higiene básica, o que traz o risco, por exemplo, de mulheres darem à luz no local e posteriormente não ter nem o almoço no dia seguinte. A administração da unidade informou que pelo menos 680 atendimentos ambulatoriais devem deixar de ser realizados por semana.

Respostas

A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc), que administra a maternidade, diz que a paralisação é uma resposta à dívida de cerca de R$ 24 milhões da Prefeitura de Goiânia. Segundo a entidade, os repasses de verba pelo convênio começaram a sofrer atrasos em meados do ano passado.

Através de nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) afirma que o termo de convênio firmado em 2012 com a Fundahc, para a administração do Hospital e Maternidade Dona Isis e Maternidade Nascer Cidadão, “prevê um valor estimado de repasse para a realização dos serviços acordados”.

Conforme divulgado pela TV Anhanguera, a SMS diz que ao longo do convênio, “houve ampliação dos serviços executados mediante celebração de termos aditivos, os quais culminaram em acréscimo de cerca de 113% em relação ao valor inicial do convênio”. Essa ampliação fez com que a secretaria não conseguisse repassar o valor acrescido.

O convênio entre a Fundahc e a Prefeitura de Goiânia termina no próximo dia 5 de junho, podendo ser renovado.

Dívida

O diretor executivo da Fundach, José Antonio de Morais, emitiu uma nota na última sexta-feira, 10, afirmando que dos R$ 24 milhões de dívida com o convênio da maternidade, R$ 13 milhões são relativos ao passivo trabalhista de 540 funcionários da fundação que trabalham na unidade de saúde. Os outros R$ 11 milhões são referentes à dívidas com fornecedores de produtos e serviços.

Conforme a entidade, outros valores da dívida são relativos a encargos sociais e dívida com a própria fundação, “que fez aportes de recursos próprios para o convênio a título de empréstimos e não está conseguindo reaver esses empréstimos”, diz a nota.

Além do Hospital e Maternidade Dona Iris, a Fundach afirma que a SMS deve cerca de R$ 2 milhões para a Maternidade Nascer Cidadão, que continua com atendimento normal, por enquanto.

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